Em “Brutalista” a atriz vive Clara, uma jovem bissexual em estado de apatia, que após uma tragédia, se desprende da realidade. “Consegui entender através da personagem, muitas visões sobre o momento similar que eu estava vivendo”, afirma
Após toda a vitalidade e personalidade marcante de Rafa, a chefona das imperatrizes em “De Volta Aos 15”, febre teen da Netflix, Amanda Linhares encara um novo desafio. A atriz protagoniza “Brutalista”, curta-metragem de Felipe Borges retratando o estado depressivo e apático provocado pelo turbilhão de informações da era digital. O projeto passará primeiro por festivais de cinema antes de ser disponibilizado ao público.
Amanda conta que viver Clara foi parte de um processo de autoconhecimento. “Tenho um carinho especial por esse tema, por ter depressão e estar saindo de um quadro de apatia que foi muito doloroso para mim. Acredito que quando a gente vive uma construção de um enredo desse gênero e vive uma história tão profunda, muitas coisas também são aprendidas com a personagem”.
Retratando uma problemática atual e ainda mais evidente na geração Z, a protagonista enfrenta o bombardeio de estímulos da sociedade moderna, enquanto em um profundo estado de apatia, busca por algo que a provoque sentimento. “Sempre quis viver uma personagem com uma história que se entrelaça com as minhas dores. Termino esse processo mais lúcida sobre sentimentos e mais feliz”, afirma Linhares.
A personagem também tem uma forte influência no protagonismo de mulheres gordas, um dos pontos que moveu Amanda a se interessar pelo papel. “Alguns dias depois, o diretor de elenco Fabrício Aizza entrou em contato comigo, porque antes de eu mandar o material, já tinham me cogitado para o papel. Topei na hora”.
O projeto é parte do TCC dos alunos da ESPM e além do protagonismo de Amanda e a direção de Felipe Borges, também conta com a atriz Laura Luz, de “Mila No Multiverso” (Disney+).
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