Após baquetas e colheres de pau, Deco Almeida decidiu que era hora de seguir em uma nova direção e agora já estreou em duas produções gigantes ao mesmo tempo. O ex-baterista da banda Dônica, que já encarou Rock in Rio, Lollapalooza e até plantão de cozinha no Fasano como chef, agora aparece na Globo e na HBO com a tranquilidade de quem parece ter nascido para isso.
Em Dona de Mim, novela de Rosane Svartman, Deco dá vida ao Josef jovem, marido da personagem que mais tarde é vivida por Suely Franco. Na série Ângela Diniz: Assassinada e Condenada, da HBO Max, ele mergulha na reconstrução de um dos casos mais discutidos do país ao lado de Marjorie Estiano.
A seguir, Deco conversa sobre essa virada, seu processo artístico e o que espera daqui para frente. Confira
Você estreou na TV em dois trabalhos muito comentados. Em que momento percebeu que sua carreira estava entrando em outra velocidade?
“Quando os dois trabalhos estrearam. Ver a repercussão, as pessoas comentando, e perceber que tanta gente estava assistindo… ali eu senti que as coisas tinham acelerado de um jeito muito especial. Foi uma surpresa e uma alegria enorme.”
Sua transição da música e da gastronomia para a atuação não é comum. Em que ponto você entendeu que essas vivências te preparavam para a dramaturgia, mesmo sem você perceber?
“Quando comecei a estudar atuação, me dei conta de que muita coisa que vivi já me preparava para ser ator de algum jeito. Só que eu fui entendendo isso aos poucos, durante o processo de estudo na Cal.”
Tanto em Dona de Mim quanto em Ângela Diniz você vive personagens de época. Qual foi o desafio mais inesperado dessa linguagem?
“Eu sempre fui muito apaixonado pelas produções de época, pelas histórias, pelos carros, roupas, tudo. Fiquei muito feliz de estar conseguindo adentrar essa linguagem, acho que o desafio mais inesperado foi contracenar com tantos artistas incríveis nesses elencos, começou como um desafio e se transformou em aulas que guardarei pra sempre comigo.”
Quando você olha para o Deco da banda Dônica, tocando em grandes festivais, o que enxerga de continuidade no artista que você é hoje?
“A paixão por estar no palco. Na música ou na atuação, é o mesmo impulso de querer criar e trocar com as pessoas. A banda me deu muita vivência de palco, de grupo, e isso levo comigo até hoje em qualquer processo artístico.”
Você cresceu artisticamente cercado de referências fortes. Quais são as suas maiores influências na TV? Em quem você se inspira?
“São muitas e muitas referências, poderia ficar o dia todo falando nomes, mas aqui vão alguns nomes: Tony Ramos, Raul Cortez, Yara de Novaes, Fernanda Torres, Fernanda Montenegro, Ary Fontoura, Othon Bastos, Camila Mardila, Marjorie Estiano e muitos outros.”
Como você enxerga seu lugar na cena audiovisual daqui para frente, depois dessa estreia dupla tão potente? Qual é o próximo passo?
“Vejo esse momento como o início de um caminho que quero trilhar por muitos anos. Essas experiências me deram confiança e mais vontade de estudar, de fazer mais, de crescer. Tenho projetos sendo conversados e quero seguir me desafiando, tanto na TV quanto no teatro, que é uma base muito importante pra mim também.”
Deco Almeida nas redes
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