Capa da Conexão Magazine, Monik vive um momento de consolidação e virada artística. Após o lançamento do EP “Fubanga Pop” e da faixa “Quero Dançar”, que marcou sua fase mais madura, a artista agora amplia esse universo com a estreia do clipe da música, transformando o pop eletrônico em experiência visual, corporal e coletiva. Conhecida por unir humor, estética e crítica em uma linguagem própria, ela reafirma sua identidade ao celebrar a dança, o verão brasileiro e a liberdade de não se levar tão a sério.
Em entrevista, Monik fala tanto sobre o single quanto sobre o clipe, refletindo sobre maturidade, fama e reinvenção artística. Ela comenta o processo de criar um EP que reúne toda a sua trajetória, desde o fenômeno “Diva do Interior” até a artista que hoje entende o próprio lugar com mais leveza e estratégia, além de detalhar as escolhas por trás do vídeo gravado em um parque aquático e em um sítio. Entre nostalgia pop, referências dos anos 2010 e muita dança, a conversa revela uma Monik mais consciente, divertida e segura, que transforma vivências pessoais em música, imagem e movimento.
Confira o bate papo completo:
Conexão Magazine: Monik, você diz que está vivendo sua fase mais madura, o que mudou em você que o público ainda não viu?
Monik: Exige muita maturidade pra alguém chegar num ponto de não se levar tanto a sério, que é o que eu estou vivendo nesses últimos anos e o meu EP “Fubanga Pop” é fruto disso: dessa ironia, amor por futilidades e apenas eu fazendo o que eu sempre quis fazer, que é música pop com beats dançantes e icônicos.

CM: “Fubanga Pop” reúne sua história inteira em um único projeto. Que verdade sua você decidiu mostrar sem filtro dessa vez?
M: O assunto que eu mais abordo nesse EP é: fama. Como a maioria das músicas foram lançadas como singles, eu fui escrevendo a medida que eu fui vivendo e me relacionando com a fama.
CM: Você virou fenômeno com “Diva do Interior”. Depois desse estouro, qual foi a maior virada de chave na sua cabeça como artista?
M: Eu entendi que pra se criar um viral musical você precisa entender muito bem o time das coisas, lançar a música certa no momento certo faz toda diferença e foi o que aconteceu com diva do interior. Eu lancei essa música em um momento que tava todo mundo indo passar as férias no sítio na casa dos parentes e por isso a música bombou tanto. Essa foi uma estratégia que a gente previu e de fato aconteceu como esperado.
CM: Seu estilo sempre misturou humor, moda e música. Hoje, quem é a Monik por trás dessa estética que virou sua marca?
M: Por incrível q pareça a Monik por trás disso tudo é uma menina tímida (risos). Eu acho engraçado que as pessoas me consideram inimiga da timidez, mas na vida real eu sou tímida de verdade. Eu adoro fazer as pessoas rirem com as minhas palhaçadas, mas se numa situação presencial as pessoas não me derem abertura pra isso eu simplesmente fico quieta na minha e não tenho problema nenhum com isso (a não ser que eu esteja trabalhando, porque eu trabalhando engulo a timidez e faço o que me dá na telha e acredito que seja por isso que eu estou chegando tão longe).
CM: No processo de criar o EP, qual foi o momento em que você percebeu que estava se reinventando de verdade?
M: Sendo bem sincera: acredito que em todos. Por que no Brasil só o fato de optar por esse gênero eletro pop eu já considero fora da curva, já que o que domina hoje no brasil é funk, mpb, pagode e etc. Mas se fosse pra escolher uma letra que revolucionou eu iria que é a de Diva do Interior sem dúvidas, porque é uma letra representativa pra quem não se encaixa nos padrões de quem mora no interior mas mesmo assim se encontra vivendo nesse lugar, é sobre servir contraste, aceitar suas diferenças e brilhar independente de onde você esteja.
CM: “Quero Dançar” chega com uma energia pop eletrônica dos anos 2010. Que sentimento você quer provocar quando essa música toca?
M: Quero provocar nostalgia nas pessoas, vontade de viver, festas e é claro … Dançar! Essa é uma música de verão inspirada em Summer Eletrohits que tem tudo a ver com piscina, férias e momentos de diversão e eu estou adorando a repercussão positiva que ela está tendo.
CM: Se a nova Monik pudesse mandar um recado para a Monik que sonhava com a fama lá no começo, o que você diria?
M: Eu diria: “se prepare para os altos e baixos e continue firme pq vc vai conquistar muitas coisas q vc sonhou”.
MONIK transforma o verão brasileiro em dança no clipe de “Quero Dançar”

Gravado entre um parque aquático e um sítio, o novo clipe aposta na energia real do verão no Brasil, sem glamour excessivo, mas com muita identidade. Com mais de 13 dançarinos em cena, a performance é dança do início ao fim: hip hop, funk, jazz, danças urbanas, cheerleaders, acrobacias e até mortais compõem a coreografia vibrante. A própria MONIK também dança no vídeo, reforçando o clima leve, divertido e coletivo. “Quero Dançar” mistura humor e referências do universo Summer Eletro Hits e integra o EP “Fubanga Pop”.
CM: Você foge do verão glamourizado e leva o clipe pra um parque aquático e pra um sítio. De onde veio essa vontade de mostrar esse outro lado do verão brasileiro?
M: A ideia do clipe é trazer bem esse clima de verão brasileiro. A gente quer que as pessoas se sintam representadas em cenas simples e gostosas, como banho de mangueira, brincadeira com bexiga d’água, parque aquático cheio, chutes na água… Ao mesmo tempo, quisemos adicionar um toque lúdico com acrobacias, coreografias de dança mais elaboradas e figurinos bem coloridos.
CM: A dança é o coração do clipe e tem muita mistura de estilos. Como foi escolher essa galera, juntar tantas referências e transformar tudo numa mesma energia?
M: Sempre tive uma forte conexão com o universo da dança, e realizar esse clipe foi como atender a um desejo da minha criança interior. Por isso, reunir referências para o projeto foi um processo muito natural. A ideia surgiu há quase dois anos, quando eu estava na praia e pedi para minha mãe me filmar dançando, como uma brincadeira, criando um pequeno vídeo improvisado. Gostei tanto do resultado que pensei: “não quero apenas postar isso, quero transformar em um clipe de verdade”. Agora, finalmente, estou colocando essas ideias em prática.
Assista ao videoclipe:
CM: Você dança junto, se joga, participa de verdade. Em que momento você sentiu que esse clipe precisava ter você ali, no meio de todo mundo, e não só cantando?
M: Eu danço porque gosto de verdade. Eu poderia simplesmente colocar dançarinos e só posar bonita, mas não é isso que eu quero. Eu gosto de viver a dança. Quem já foi aos meus shows sabe o quanto eu danço ao vivo também.

Bate-Bola:
Um sonho que virou meta: Fazer ainda mais shows em 2026. Ouvir as pessoas cantando de volta pra mim as músicas q eu escrevi é sem duvidas uma das partes mais satisfatórias da minha carreira.
Um som que define seu momento: “Quero Dançar”, porque eu já estou na vibe festas de fim de ano.
Uma verdade sobre você que quase ninguém sabe: Eu sou extremamente controladora com o meu trabalho e isso me rende algumas tretinhas as vezes nos bastidores (risos). Hoje em dia eu me encontro trabalhando com pessoas realmente talentosas e que sabem o que estao fazendo, mas mesmo assim eu tenho uma certa dificuldade em confiar. Mas estou aprendendo cada dia mais a lidar com isso. Hoje em dia sou uma pessoa extremamente mais capaz de deixar as pessoas brilharem em suas áreas e expressarem suas visões do que eu era antes, estou indo aos poucos.
A primeira imagem que vem à cabeça quando pensa em “Fubanga Pop”: Estampa de onça e galinha (risos). Ah, eu penso na estética e identidade visual muito única e divertida que eu construí no decorrer desse EP e que tem tudo a ver com as músicas. Sinto muito orgulho em ver que tudo se encaixou muito bem e no final, quando eu olhei para as músicas que eu lancei, vi que ali tinha um projeto único e coerente e os fãs realmente apreciam isso
O que “Quero Dançar” desperta em você: Desperta um sentimento de nostalgia, felicidade, festa e vontade de viver





































