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Ariel Donato lança primeiro álbum “Tá Feliz?” com diversas participações como Jorge Vercillo, Ana Carolina, Marina Sena e mais

Beatriz Arasanoli

Beatriz Arasanoli

23 de julho de 2025

Ariel Donato / Créditos: Divulgação

Aos 30 anos, Ariel Donato, produtor que já trabalhou com nomes como MC Cabelinho, TZ da Coronel, Ludmilla e Marina Sena, lança seu primeiro álbum solo, Tá Feliz?. O título reflete sua marca pessoal e a pergunta que sempre faz às pessoas, unindo simplicidade, ludicidade e profundidade. Antes de iniciar o projeto, Ariel conversou com DJ Memê, referência em produtores que assumem o protagonismo, e reafirmou seu desejo de criar uma obra com identidade brasileira, indo além da música americanizada ou restrita a um único gênero.

Criado na Baixada Fluminense, em uma família humilde, Ariel começou a tocar piano na igreja evangélica, formou-se em música popular na UNIRIO e só depois descobriu-se no trap. Seu estilo de produção vai muito além das batidas, explorando arranjos e criando encontros entre artistas de universos diferentes, atuando como um elo entre estilos que raramente se cruzam.

O álbum é marcado por colaborações inusitadas e pela mistura de gêneros. Em “Quem é Quem”, Kawe e BIN exploram o Jersey Club com violão e orquestra. “Samba de Cria” traz Ferrugem e Vulgo FK unindo trap e bossa nova. “Sinceridade” apresenta MC Hariel acompanhado por piano, cordas e um coral, transmitindo mensagem de superação. MC PH realiza o sonho de fazer um r\&b à la Chris Brown em “Ninguém Mais na Terra”, enquanto “Mulher Maravilha” junta Jorge Vercillo e Tasha & Tracie em clima pop-r\&b dos anos 80.

Seja o que Deus Quiser” aproxima Ana Carolina e L7NNON em uma faixa pop, e “Tô Pensando na Gente” surpreende ao colocar Caio Luccas e Orochi em uma levada indie. No romântico e dramático “Labirinto”, MC Cabelinho e Marina Sena se encontram, enquanto “Pago pra Ver” traz Maru 2D e Kiaz explorando um trap/r\&b sensual. “Tapas e Beijos” mistura trap em compasso 3/4 com Italo Melo e YOÙN, destacando o trabalho instrumental, e “Será” encerra com MC Marks em uma balada sem beats, apenas com piano e cordas sintetizadas. O álbum ainda traz como bônus “Amei, Tentei”, em afrobeat, com GAAB.

Ouça o álbum aqui embaixo:

Para Ariel, a felicidade é uma mistura de cores, sabores e sensações, que pode estar presente até na melancolia. O disco percorre momentos de alegria e introspecção, refletindo sua própria complexidade e simplicidade. Ele define o trabalho como um capítulo que se encerra, com sentimento de gratidão, esperança e missão cumprida.

Sua gerente artística na Warner Music, Ana Paula Paulino, o descreve como um verdadeiro alquimista, capaz de misturar estilos, unir artistas improváveis e incorporar elementos eruditos ao funk e ao trap. Sua formação acadêmica, somada ao sentimento, comprova que esses gêneros também são ricos, brasileiros e poéticos.

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