Carlos Sadness é um ícone do indie pop espanhol. Sua trajetória é marcada por sucessos na Espanha e na América Latina; sua música é compreendida a partir de um estilo único que ninguém pode replicar, e que o artista de Barcelona soube evoluir ao longo dos anos. Desde aquele sucesso indie de som internacional que o levou a todos os festivais e que continua ecoando, “Qué Electricidad” (2015) do álbum “La Idea Salvaje”, a colaboração viral na América Latina “Amor Papaya” (2017) até seu último álbum até a data, “Tropical Jesus” (2020), onde Carlos Sadness acumula o maior número de reproduções, ele nos deixa joias como “Isla Morenita” ou “Todo estava Bien” e aparece em músicas ao lado de Bomba Estéreo ou Crystal Fighters.

Agora chegou a vez de um novo álbum, “Realismo Mágico”, que representa mais um passo no caminho de Carlos Sadness. “Realismo Mágico” (do qual já são conhecidos trechos como “Lo Que Fuera”, junto com Ximena Sariñana, ou o sucesso de “Feliz Feliz”, que já está tocando em centenas de lugares) é uma sofisticada evolução que olha para trás em sua própria identidade e avança ao mesmo tempo.

Encontrar a magia em meio à realidade é o objetivo deste disco. É por isso que ele mergulha em conceitos que podem nos salvar de um mundo onde tudo é consumido rapidamente, como bondade, ternura ou empatia. Tudo isso é guiado pelo fio condutor de várias estrelas que aparecem em momentos-chave e que presidem a capa e a arte do álbum, ilustrado pelo próprio Carlos Sadness. O ouvinte mais atento descobrirá esses elementos ao longo de cada música do álbum e viajará através de paisagens sonoras, às vezes paradisíacas e outras vezes desérticas, sempre sob o olhar das estrelas.

Em “Realismo Mágico”, há vestígios daquele som que o elevou quase dez anos atrás (temas como “Big Bang” ou “Me Enamoro” estão lá, mas, acima de tudo, trata-se de uma evolução de sua música, abrindo-se para o novo pop alternativo dos anos 20 e o som internacional em faixas como “Personita Buena” ou “Vibramos”, tudo isso marcado por aquela essência festival que o caracteriza.

O bom momento de Carlos Sadness e seu reconhecimento internacional foram confirmados com três colaborações estelares que elevam o álbum ao próximo nível: Ximena Sariñana, Carla Morrison e Melissa Robles. O Realismo Mágico é um movimento literário que buscava conhecer a verdade do mundo através do mágico. Assim, Carlos Sadness faz o mesmo com um trabalho que demonstra que a sensibilidade é revolucionária e que o conecta com o espírito do mundo, transcendendo gerações em todo o globo.