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Capa digital | ALÊ | Ed. 94

Redação CM

Redação CM

3 de outubro de 2025

Foto de capa: Matheus Aguiar

O artista carioca fala sobre o processo de criação, inspirações por trás das músicas e os próximos passos de sua carreira

O cantor e compositor ALÊ celebra uma nova fase da carreira com o lançamento de seu primeiro álbum autoral de estúdio, “Ama Eu”, que chegou às plataformas digitais em setembro. Com 12 faixas que exploram amores, quase amores, vícios e vulnerabilidades, o trabalho combina pop, piseiro e experimentações sonoras, refletindo o universo biográfico e confessional do artista.

Em apenas um ano de carreira, ALÊ já coleciona hits nas rádios pop nacionais, videoclipes, visualizers e shows por todo o país, além de parcerias com grandes nomes da música nacional e internacional. Em entrevista ao Conexão Magazine, ele fala sobre o processo de criação do álbum, as inspirações por trás das músicas e os próximos passos de sua carreira. Confira a entrevista completa:

Você comenta que o Ama Eu nasceu depois de anos sonhando. Como foi o momento em que você percebeu que esse álbum realmente estava pronto para existir?

Eu estou trabalhando neste álbum desde 2021 e, mesmo depois que a gravadora me mandou o link com todas as músicas na ordem que eu tinha programado, eu senti que o álbum estava pronto, porque sempre queria queria mudar alguma coisa, toda vez que escutava. Até que a minha empresária chegou e disse: “Olha, tem uma frase muito importante que é: você não termina nenhuma música, você abandona ela”. E eu levei isso para mim. Eu só fui sentir que o álbum estava pronto quando foi lançado. Foi ali que vi no mundo, vi em todas as plataformas digitais e, finalmente, consegui aceitar que estava pronto.

“Ama Eu” é um tema que eu levo muito comigo, a vida inteira. Então, quando eu estava escutando as minhas músicas, eu me afeiçoei a essa, porque era algo que eu queria dizer naquele momento, sobre não adianta ficar pedindo pra me amar se eu não me amo. Sinceramente, eu nem acho que o álbum está pronto, porque ainda quero fazer muita colaboração, quero lançar remix… pra mim a arte não termina, você só pausa e modifica. 

O disco é super pop, mas com um “Q de experimental”. Qual foi o risco artístico mais ousado que você correu nesse processo e que hoje te enche de orgulho?

Acho que foi a mistura do piseiro com o ritmo dos anos 80. Eu cresci com Barões da Pisadinha, quando era muito pequeno eu lembro que tocava sempre Calcinha Preta na rádio e esse som me marcou muito. Então, acho que eu queria pegar isso como uma referência e incluir no que eu sou, junto com o MPB e o Pop, que eu sempre escutei também, aqueles pop chiclete que todo mundo ama. A influência do meu diretor vocal, Diego Timbó, também foi algo que ajudou muito. O álbum é muito inspirado pela Duda Beat também, uma super referência.

O álbum fala de paixões, quase amores, vícios e vulnerabilidades. Existe alguma faixa que você sente ser quase um retrato biográfico seu?

Acho que na composição de “Ama Eu”. A música tem muitos sentimentos vulneráveis que eu nunca falei em voz alta antes. 

Créditos: Mateus Aguiar

Você trabalhou com nomes que já assinaram produções de artistas gigantes como Beyoncé, Luísa Sonza e Sandy. O que aprendeu nesses encontros e o que trouxe para o Ama Eu?

Eu aprendi que a vulnerabilidade é o caminho mais fácil de atingir o que queremos. Porque eu sempre cheguei sabendo muito o que queria e quando sabia falava assim: “ah eu não falaria isso, eu falaria aquilo”. Eu não dava muito espaço para os parceiros de composição, tinha dias que eu estava com a cabeça muito fechada e não deixava espaço para a arte. Então, aos poucos, eu fui aprendendo que quanto menos eu falava, mais eu aprendia com os outros.

Quando eu comecei a fazer isso, há uns cinco anos atrás, eu tinha muita insegurança de não saber fazer, então, quando eu assumi que não sabia fazer, me deu muito espaço para aprender e ouvir os outros. Eu aprendi muito com a Jenni Mosello, uma pessoa supersensível, as músicas que fazíamos eu levava para casa e conseguia botar nas minhas palavras ou mudava um ritmo. Aconteceu isso com a música “Te Deixar”, o segundo verso terminava 100% diferente, aí levei pra casa e mudei o segundo verso todo, a partir de uma nóia minha.

Todas as faixas ganharam visualizers no YouTube. Para você, como imagem e música se complementam na forma de contar histórias?

Eu acho que a imagem e o som são muito complementares, um não precisa do outro, mas um adiciona muito o outro. Por exemplo, no dia em que fomos gravar “Bailar”, eu sabia o que eu queria, tínhamos a história da música, mas para o clip eu queria trazer mais uma sensação do que uma narrativa, uma explosão de cor. Nós falamos sobre movimento, por isso a coreografia foi muito importante para mim. 

Depois do lançamento do álbum e do show, quais são os próximos sonhos que você já vislumbra na sua carreira?

Eu sonho muito em fazer um feat com a Duda Beat ou a Pablo. Outro sonho também é fazer um show no Circo Voador e um no Rock The Mountain. Com o Circo Voador, eu sonho desde pequeno; já com o Rock The Mountain, eu sonho desde a adolescência, é um festival que sempre acompanhei, sempre achei muito libertador a sensação de estar lá.

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