Com apenas 19 anos, Belli já se destaca como um dos nomes mais promissores da nova geração do pop brasileiro e hoje estampa a nova capa digital da Conexão Magazine. A cantora, compositora e dançarina de Florianópolis demonstra uma maturidade artística e visão estratégica que a diferenciam, acumulando conquistas impressionantes em pouco tempo.
Seu single “EU E TU”, em colaboração com Ne-Yo e MC Daniel, é a prova viva de seu sucesso. A faixa alcançou o primeiro lugar nas rádios brasileiras no segmento pop/rock, viralizou nas redes sociais e marcou a estreia de Ne-Yo em um feat com uma artista brasileira. O videoclipe, gravado em Los Angeles e São Paulo, já ultrapassou 7 milhões de viewsno YouTube e conta com a coreografia de Jéssi Muller, reforçando a forte ligação de Belli com a dança.
Em uma conversa exclusiva com a Conexão Magazine, Belli fala sobre a emoção de ter um hit que conquistou o país, a experiência de trabalhar com um ícone como Ne-Yo e os desafios de equilibrar a pressão por resultados com o desejo de criar sua arte. Ela também revela detalhes sobre seu próximo álbum, que promete mostrar uma “nova Belli”, e compartilha suas inspirações musicais, tanto no Brasil quanto no exterior.
“EU E TU” é um dos seus singles recentes e viralizou, se tornando um grande hit, alcançando o 1º lugar nas rádios brasileiras. Como foi ver essa faixa chegando tão longe?
Então, apesar da gente ter trabalhado muito para “eu e tu” chegar nesse nível, né, com tantas visualizações, sendo a música mais tocada no país, no segmento pop, por várias semanas nas rádios, eu realmente não esperava. Foi uma surpresa enorme para mim, um choque, e eu fiquei muito, muito feliz em saber que as pessoas gostaram dessa música tanto quanto eu e acolheram tanto, porque é uma música muito, muito, muito importante para mim e para minha carreira, com certeza.
Qual foi a principal inspiração para a composição dessa música?
Eu já tinha essa ideia e esse interesse enorme em tentar um feat internacional para essa música. Eu só não sabia que poderia acontecer tão rápido quanto aconteceu. Só pela ideia surgir, eu e meu time incrível de compositores, a gente já tinha pensado em expressar essa distância gigante que existe em vários relacionamentos e em nós, nos próprios artistas. Eu não sabia quem entraria no feat dessa música, mas como eu já tinha essa ideia de um feat internacional, eu queria muito expressar essa distância. Eu achei que seria uma ótima forma de comunicar o que a gente sente pela música.
A colaboração com o Ne-Yo foi algo inédito para ele, primeiro feat com uma artista brasileira. Como surgiu essa parceria e como foi o processo de trabalhar com um artista internacional tão renomado?
Eu e tu aconteceu da forma mais inesperada possível, porque eu sempre fui muito fã do Ne-Yo. Desde pequena eu cresci ouvindo as músicas dele, meus pais sempre me mostravam. Então ele fez um show aqui em São Paulo no ano passado e a minha equipe conseguiu o contato da equipe dele pra eu ir nesse show. Eu conheci o MC Daniel lá, a gente não se conhecia ainda. E a gente teve essa oportunidade incrível de ir no camarim depois do show, tirar umas fotos, conversar um pouco. E lá foi onde eu mostrei a música, eu e tu ela já tava com uma demo, porque que nem eu comentei antes, eu já tinha essa ideia de trazer um feat brasileiro em um outro internacional, mas eu não sabia quem. Então eu dei a cara a tapa ali, tomei coragem e mostrei a música pra eles dois. E assim, com certeza é uma honra enorme ter um feat, ser a primeira artista a ter um feat com o Ne-Yo aqui do Brasil. Ele é um artista completo e eu aprendi demais com ele, desde a parte musical compositora. Composição, gravação de voz, até como ele se coloca na frente da câmera para gravar um videoclipe. Ele é um artista completo mesmo, então foi um aprendizado enorme que com certeza eu vou pegar vários e vários truques e dicas e levar para o resto da minha vida.
O videoclipe de “EU E TU” tem uma coreografia assinada pela Jéssi Muller. Qual a importância da dança no seu trabalho e como você participa da criação das coreografias?
Eu canto e danço desde os três anos, então a dança sempre fez parte da minha vida. Eu já fiz várias aulas de vários estilos diferentes desde pequena e eu adoro me desafiar na dança. A coreografia de Eu e Tu é realmente um pouco mais complexa, tá? Foi super difícil de pegar. Eu sofri, assim, três diazinhos que eu sofri, ralei ali pra pegar essa coreô rápido. Mas a Jessi, ela é uma profissional incrível e ela arrasou nessa coreô. Eu amei, fiquei super feliz com o resultado, era exatamente o que eu tinha pensado pra essa música. E eu fiquei ainda mais animada depois de juntar os dançarinos nos ensaios para gravação do videoclipe, foi incrível.
Com 19 anos, você já demonstra uma visão artística e estratégica muito madura. De onde vem essa clareza e como você equilibra a pressão por resultados com o desejo de criar a sua arte?
Então, eu acho que vem muito de me conhecer bem e saber o que eu quero para o futuro. Desde nova eu sempre assistia e acompanhava as artistas que eu admiro até hoje. E depois que eu cresci, eu ainda ficava tentando entender o que acontecia por trás de cada escolha daquela artista, sabe? Eu amo muito criar, mas eu também quero que a minha arte chegue nas pessoas certas. Para isso, com certeza, tem que ter uma estratégia, tem que ter visão. Sobre a pressão dos resultados, eu realmente tento pensar que tudo tem seu tempo. Eu me cobro muito, sim, mas eu também me permito aproveitar bem o momento de cada coisa, sabe? A minha prioridade, com certeza, é sempre estar focada e perto do que me inspira. E com certeza isso me dá muita força para ir equilibrando tudo.
Você já tem passagens por palcos internacionais e gravou com o Ne-Yo. Quais são os seus maiores aprendizados dessas experiências?
Eu, com certeza, aprendi muito, muito, muito com o Ne Yo, profissionalmente falando. Eu tive várias e várias dicas de música mesmo. E tanto o Ne Yo quanto o MC Daniel, eles me ensinaram e me incentivaram a sempre dar oportunidade para pessoas, para novos artistas. Então, às vezes, tudo que a gente precisa é uma oportunidade, né? Eu também aprendi muito, muito, muito com os shows. Foi a minha volta aos palcos depois de tanto tempo. E, com certeza, eu tive muito aprendizado com isso também. Depois de adulta, vamos dizer assim, né? Porque antes eu fazia o projeto infantil, eu era muito nova. Então, depois de ter amadurecido como adulta, eu também aprendi muito com esses shows. E o principal de tudo isso foi poder relembrar a sensação de fazer o que eu mais gosto no mundo, assim. Foi inesquecível.
Seu repertório transita entre pop, funk e R&B. Como você encontra o equilíbrio entre esses gêneros e como decide qual sonoridade seguir para uma nova música?
Então, esses três estilos fazem parte de mim, basicamente. Eu cresci com essas referências e eu consumo demais desde pequena. Então, misturar acaba sendo meio que natural. Eu faço sem perceber. Cada música que acaba surgindo é de um sentimento ou uma ideia específica. E, às vezes, a letra pede mais sensualidade, aí eu vou e puxo pro R&B. Outras vezes, sei lá, eu quero algo mais dançante, aí eu vou e coloco algumas batidas de funk que eu amo muito também. E o equilíbrio vem de ouvir muito, sabe? Testar sempre, testando coisas novas e sentir o que combina com a mensagem que eu quero passar. Eu amo essa mistura de vários estilos e, com certeza, R&B, funk e pop são os estilos que eu mais consumo e que eu cresci ouvindo, mas quero, sim, testar outros estilos também no futuro pra ver o que eu me enquadro melhor. Eu adoro me desafiar musicalmente.
Você está preparando seu segundo disco para 2025. O que podemos esperar desse novo trabalho? Ele seguirá a mesma linha do “VERSOS” ou trará novas experimentações?
Meu álbum novo é completamente diferente de “VERSOS”, pra ser sincera. “VERSOS” é um álbum mais intimista, e nesse meu álbum novo eu quero mostrar uma nova Belli, uma nova versão da Belli. Eu gosto muito de me desafiar musicalmente e fazer essas misturas de estilos musicais. Igual a gente fez em Eu e Tu, que a gente conseguiu misturar o pop com o funk R&B, e soou super bem, sabe? Então, com certeza podem esperar mais músicas incríveis e inéditas, e também feats novos com várias pessoas, vários artistas incríveis, que eu também admiro muito. A gente tá trabalhando pra deixar tudo perfeitinho, eu tô super ansiosa pra mostrar o resto, queria mostrar tudo, e espero muito que vocês gostem, então aguardem.
Quem são suas maiores referências musicais, tanto no Brasil quanto no exterior? Existe algum artista com quem você sonha em colaborar?
No Brasil, a artista que eu mais admiro é a Anitta, principalmente por tudo que ela construiu assim, por ela ter quebrado barreiras, ela com certeza abriu muitas portas e provou que uma artista brasileira pode dominar o mundo sim, sabe, e é super difícil de conquistar isso, então eu realmente admiro muito ela. Internacional, a minha maior inspiração é a Ariana Grande, em tudo, tudo, tudo, ela não só tem uma voz absurda, mas ela é uma artista completa e eu me inspiro em tudo nela, ela é maravilhosa, eu acompanho ela desde o começo, desde quando ela era muito pequenininha, então eu realmente cresci com ela, cresci admirando ela. Eu queria muito fazer um feat com ela, inclusive, acho que seria um sonho gigante assim, é um dos meus maiores sonhos, acho que nossas estéticas até que combinariam bastante, acho que dá pra criar alguma coisa, hein, me deixa sonhar alto.
Como você se vê daqui a cinco anos, considerando a rápida ascensão que sua carreira está vivendo?
Daqui cinco anos eu realmente quero continuar crescendo como artista, sabe? Me desafiando, lançando projetos que me representam, que mostrem cada vez mais a Belli, que as pessoas conheçam cada vez mais a Béli e as várias versões da Belli. Então eu realmente espero estar vivendo tudo o que eu sempre sonhei desde os meus sete anos, que foi quando eu comecei nessa loucura toda, nesse meio artístico. Então eu espero estar vivendo esse sonho maravilhoso.
