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Capa digital | Carolina Severo | Ed. 106

Redação CM

Redação CM

3 de dezembro de 2025

Após estrear o single “Velho Vinho Doce” nas plataformas digitais, Carolina Severo, que estampa a nova capa digital da Conexão Magazine, aprofunda a construção emocional do álbum Vermelho com uma faixa que transforma vulnerabilidade em arte. Retrato intenso de uma paixão desequilibrada, aquela em que um lado se doa por completo enquanto o outro permanece distante, o single mistura paixão, dor e resignação, consolidando a assinatura sensível e melódica da jovem cantora e compositora. Guiada pela estética simbólica do vermelho, Carolina usa a música como espaço de catarse e reflexão, convidando o público a sentir, junto com ela, as nuances de amar demais.

Em entrevista, Carolina fala sobre como revisitar emoções tão densas funcionou quase como um processo terapêutico, relembra a parceria espontânea com Vinícius Viana e explica a construção simbólica do videoclipe, que utiliza pétalas vermelhas para representar romantismo, entrega e também indignação.

A artista comenta ainda sua forma intensa de interpretar, o significado do título que batiza o single e o papel de “Velho Vinho Doce” dentro da narrativa emocional de Vermelho, um álbum que reúne múltiplas faces do sentir, amor, dor, desejo e raiva.

O papo revela uma artista em fase de expansão, consciente da força da própria composição e comprometida em transformar sensações profundas em música capaz de comover até quem nunca viveu a mesma história. Confira a entrevista:

“Velho Vinho Doce” mergulha em uma paixão desequilibrada. Como foi visitar essas emoções tão intensas durante o processo de composição e gravação?

Foi bom no sentido de que a composição funciona muito como uma forma de botar pra fora o que sinto, então de certa maneira, me ajudou a lidar com esses sentimentos e compor é como um tipo de terapia pra mim.

Você comentou que a criação da faixa aconteceu de forma natural com o Vinícius Viana. O que mais te marcou nessa parceria? 

A sensibilidade! Vinícius tem um estilo de compor bem sensível e bonito, então isso nos aproximou na composição e na música. Além disso, a gentileza! Nós dois temos uma comunicação muito gentil, então a gente sempre fez tudo com muito boa vontade.

Créditos: Maria Paula Freire (@mariapaulafreire)

O clipe explora o simbolismo da cor vermelha em diversas nuances. Como essa estética dialoga com o universo emocional da música?

Como já comentei uma vez ou outra, o vermelho é uma cor que pode significar diversos sentimentos, depende da forma como você a interpreta. No caso desse clipe, as pétalas vermelhas aparecem para significar um laço romântico com a música, tanto de relação amorosa, quanto em relação a coração partido e um sentimento de indignação. As pétalas já dialogam com o romance, basta eu manejá-las para significar outras nuances do romance, como jogar as pétalas como expressão de “chega, não dá mais”.

Sua interpretação é muito intensa e sensível. Que memórias ou sensações você acessa para alcançar essa entrega vocal?

Acesso sempre tudo que quero colocar pra fora. Às vezes até o que eu não quero, mas deixo explícito até na própria música isso. Existe uma música que estará no álbum que vou lançar – inclusive o álbum se chamará Vermelho, que um trecho dela diz “tá aí o escrito que eu preferi não viver, o papel que eu não quis escrever”. Então é isso, acesso tudo aquilo que quero falar e o que não quero pra de alguma forma transformar esse sentimento e desenvolver ele de uma outra forma, ou apenas expressá-lo também. Depende muito do que sinto.

O título “Velho Vinho Doce” é poético e curioso. O que ele simboliza pra você dentro dessa narrativa?

Simboliza aquele momento que você para pra refletir. Aquele momento que você senta pra tomar um vinho e reflete sobre coisas da vida. A música começa com essa pegada de reflexão, como se a pessoa tivesse chegado a uma conclusão nesse momento de reflexão.

Créditos: Maria Paula Freire (@mariapaulafreire)

“Velho Vinho Doce” prepara terreno para o álbum “Vermelho”. O que essa música representa dentro do contexto geral do projeto? 

Velho Vinho Doce é uma parte das diferentes maneiras de ouvir o álbum! Eu digo, sempre que me perguntam, que é um álbum bem eclético, essa música é mais romântica, mas tem outras mais animadas e que levam o vermelho pra outro lugar. Entretanto, é uma música que se conecta muito com o álbum, porque é muito sensível, então lida diretamente com minha forma de compor, comove e acessa as pessoas. 

Muitas pessoas podem não ter vivido exatamente essa experiência, mas ainda assim se emocionam. Por que você acha que essa canção desperta tanta identificação? 

Acho que é um conjunto de fatores. Desde a letra, ao arranjo e a forma de cantar. Essa é a parte legal também! A gente sabe que a música comove as pessoas quando até aquelas que não estão vivendo isso se emocionam. É praticamente se imaginar passando por aquilo pra viver aquele sentimento que a música transmite.

Estou numa fase que cada passo é uma felicidade, porque fiz tudo com muita vontade e de forma muito autêntica. Velho Vinho Doce é o símbolo disso tudo. É o resultado de muito trabalho e vontade de fazer dar certo. Além disso, como falei, é uma música que expressa exatamente como é minha composição.

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