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Capa Digital | Ella Medrá – Ed. 26

Redação CM

Redação CM

25 de junho de 2024

CAPA DIGITAL Conexão Magazine

A cantora e compositora Ella Medrá lançou recentemente em todas as plataformas de streams o single autoral “Rebola Assim”, o segundo de uma trilogia que narra uma história de flerte, amor e decepção. A faixa chegou acompanhada de um videoclipe intimista, em clima de bastidores, que foi dirigido por Tarcísio Sampaio.

Para saber detalhes sobre carreira, curiosidades da cantora e claro, detalhes do novo single, ela cedeu uma entrevista exclusiva para a Conexão Magazine e estampa a nossa nova capa digital. Confira:

Ella Medrá é o seu nome mesmo? Ou é um nome artístico?

Não não! Meu nome é GabrieELLA MEDRAdo, o Ella Medrá tá dentro do meu nome real!

O clipe tem muito azul e o seu cabelo também é um azul intenso. O que essa cor representa para você?

Eu sou colorida ha 10 anos! E o azul é a cor que pinto meus cabelos em praticamente todo esse tempo. Ele chegou sem querer e dominou minha vida! Quando vi virei praticamente um avatar hahaha. Azul me traz tranquilidade, força, determinação, foco.. e são conceitos e palavras que se conectam muito com quem sou. Minha casa inclusive tem alguns móveis azuis hahaha

Como foi a gravação do clipe? Você gravou num só dia ou em etapas? Conte algumas curiosidades sobre essa produção audiovisual? A próxima música que fecha a trilogia também vai ganhar um clipe?

O Clipe foi gravado no mesmo dia que gravei o clipe de VNVN.. Gravei o de Rebola Assim pela manhã, fiz uma publicidade no almoço e corri pra fazer o de VNVN no fim da tarde e comecinho da noite. Foi um perrengue que só, porque os clipes foram gravados em extremos diferentes da cidade do Rio. Além disso, o figurino veio da Bahia via minha irmã que veio ajudar na produção, além de ter sido costurado pela minha avó materna. Outra curiosidade: Ele foi feito a distância e só vesti no dia de gravação! Tivemos inclusive alguns ajustes feitos na hora, mas deu tudo certo no final.

Ella, “Rebola Assim” é o segundo single de uma trilogia que explora flerte, amor e decepção. Pode nos contar um pouco mais sobre como essas três temáticas se conectam na sua música e o que podemos esperar do próximo lançamento?

As faixas foram escritas sobre a mesma história e sobre a mesma pessoa. Em VNVN eu trago o início dessa história, onde mesmo sabendo que a pessoa não “valia nada” acabei flertando e caindo na tentação. Agora em Rebola Assim, é sobre o amor emocional e carnal, sobre quando você já se apaixonou e já tá tão entregue que nada mais importa, você só quer se entregar (com ou sem roupa). E a história se encerra na última faixa, que vem em breve, onde a decepção toma conta, após me permitir enxergar pra além do sentimento, o momento onde a cegueira do amor sai e dá espaço para enxergarmos por quem nos apaixonamos. E spoiler: no fim me decepcionei haha mas ao menos saíram músicas ótimas

A letra de “Rebola Assim” mistura português e espanhol, trazendo uma mensagem de empoderamento. Como foi o processo criativo para combinar essas línguas e qual é a mensagem principal que você deseja transmitir com essa faixa?

Espanhol é minha segunda língua, então foi bem natural. Eu só realmente escrevi e saiu, como acontece às vezes até mesmo conversando. (Muitas vezes troco palavras sem querer no dia a dia rs). Essa faixa fala sobre entrega. Sobre se entregar física e emocionalmente a alguém sem pensar muito. E muitas vezes é só isso que precisamos para viver grandes histórias, sabe?

O videoclipe de “Rebola Assim” tem um clima intimista e de bastidores, diferente do clipe de “Você Não Vale Nada”, que é mais misterioso e sensual. Qual foi a inspiração por trás da direção dos clipes e como eles complementam a narrativa da trilogia?

Em VNVN eu quis trazer exatamente a proposta da faixa: o flerte. É exatamente por isso o clipe tem bastante pegação, mistério e sensualidade. Já em Rebola assim, o clipe é mais intimista, justamente porque a faixa fala sobre momentos íntimos e a dois. Eu gosto de conectar os clipes sempre de maneiras inesperadas e nesses pensei: como traduzir em imagens indiretas, o que a letra diz? E como ainda somar isso ao que tava pensando quando escrevi? Então defini: vou trazer traduzir a letra indiretamente em imagens, mas de forma inesperada, e assim fiz haha

Trabalhar com o diretor Tarcísio Sampaio parece ser uma parceria frutífera, já que ele dirigiu os dois clipes lançados até agora. Como é a colaboração entre vocês e de que maneira ele contribuiu para trazer sua visão artística à vida?

Quando conheci o Tarcísio eu buscava alguém fora do eixo Sudeste e que tivesse uma visão direção e de fotografia com um toque mais comercial. Então quando trocamos nosso primeiro papo, de cara demos muito match de trabalho! E o que mais gosto é que ele me permite co dirigir e colaborar com tudo, então de fato fica minha cara e visão 100%.

Você tem uma experiência bem diversa. Já se apresentou como DJ em Salvador, em boates LGBTQIAP+, mas também participou em batalhas de rimas no centro do Rio de Janeiro. O que esses dois cenários opostos trouxeram para a sua sonoridade?

O Hiphop me ensinou achar meu flow e métrica de composição, além de ter me deixado mais solta pra escrever minhas próprias histórias em formato de canções. Já as batalhas de rima em si, me deixaram mesmo foi cascuda! Me ensinaram a lidar com críticas à minha arte e a mim. Já nas boates, consegui me encontrar! Elas me mostraram o que eu realmente amo e me identifico sonoramente: o POP! Ser Dj por um tempo me fez entender o poder de cada instrumento e como ele se conecta com nosso corpo, memórias e sentimentos! E é exatamente isso que eu amo em ser artista, a conexão que a música trás, independente do gênero e das “micelânias” que podemos criar. É um mundo inteiro de possibilidades!

Você nasceu e foi criada em Salvador (BA), morou um tempo na Argentina e hoje está radicada no Rio de Janeiro. Como esses lugares tão diversos contribuíram na formação da sua musicalidade?

Acho que cada um trouxe um temperinho especial pra quem me tornei como artista. Amo rimar em espanhol (hoje em dia até prefiro) e acho que trás um charme a mais nas faixas. Já a mistura de RJ e BA acho q trás um temperinho especial porque o baiano e o carioca tem mais em comum do que imaginam! É uma feijoada com farofa de dendê haha. Exemplo: amo o rap carioca, mas o repente nordestino é sensacional pra quem quer aprender e estudar sobre construções de rimas e flows. Misturando os dois fica sensacional! Exemplo disso são artistas como o Rapadura.

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