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Capa Digital | Nanno – Ed. 28

Redação CM

Redação CM

1 de julho de 2024

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Começamos a semana com novidades… Temos carinha nova na nossa capa digital! Nanno é o nome artístico de Juliano, mas bem que podia ser também o nome de um minério, assim como tem alumínio, titânio, estanho, níquel, nióbio… E foi lá na terra dos minérios, em Volta Redonda, na região Sul Fluminense do Rio de Janeiro, que nasceu e se criou esse “minerium” do pop.

O segundo álbum da discografia de Nanno, “Minerium Sessions”, que já está em todas as plataformas de streams, via Universal Music, é uma homenagem do artista à sua terra natal.

O  álbum narra fragmentos da vida de Nanno até o presente momento. Em suas letras, o jovem artista compartilha temas como saúde mental, vazio existencial, drogas, amor, desesperança e superação. Na sonoridade do disco também se mostram algumas influências de ícones da música, como Charlie Brown Jr, MacMiller, ConeCrew e Djavan, que desempenharam papéis significativos na jornada musical do cantor.

Minerium Sessions”, que conta ao todo com 10 faixas, agrupa o repertório dos dois EPs apresentados, respectivamente, em abril e maio deste ano. Todas as músicas foram majoritariamente escritas por Nanno ou em colaboração com outros autores.  Além das seis faixas já disponibilizadas, o álbum traz quatro músicas inéditas e autorais: “Pensando em Nós”, em parceria com Papatinho, Budah e Califfa; “Perfume da Flor”, composição do artista com Greg e Gagé; “Daqui de Cima”, escrita por Nanno, Jhama e Donatto; e “Não Me Rendo”, escrita pelo cantor. 

Veja uma entrevista exclusiva com o artista sobre o novo trabalho!

Por qual motivo você escolheu o título de “Minerium Sessions”?

Porque “Minerium” no latim quer dizer “em mineração”. Esse título representa uma nova fase em que eu estou me descobrindo. Eu estou “em mineração”, e isso também me remete à minha cidade natal, Volta Redonda, que se baseia em uma usina cirúrgica nacional, de aço. O caos, o barulho, os problemas e um pouco da minha história fazem parte disso. 

No álbum, você traz em algumas músicas referências à sua cidade natal, Volta Redonda. Quais experiências musicais você destacaria que viveu na cidade? Pode contar um pouco sobre a cena de lá?

Em Volta Redonda tive meu primeiro contato com música, na igreja Gileade, que tinha um elenco muito talentoso no louvor. Foi lá onde eu me apaixonei por música. Depois, eu tive grupos de rap, como Triunfo e Zona Verde, que também fazem parte da minha história. Esses grupos foram criados nas rodas de rima de Volta Redonda, a chamada batalha do troco, aonde já tiveram MCs, como Kim, Guh, Sedex, Ramiro Mart (que já ganhou do Emicida em batalhas), Garcez, Pirra, Peaga, Cotonete, Dj Nap, Goribeatz, Jonas Profeta (que hoje trabalha com BK), entre outros.

Foto: Carolina Vianna

Você acha que os seus fãs vão se surpreender com o seu novo trabalho? Por quê?

Com certeza, principalmente aqueles que me acompanham de perto e conhecem a minha história. Esse trabalho, que tem muita verdade,  conta sobre tudo que passei, que vivi e aprendi.

Nessa sua nova fase, você agora conta com o suporte de uma banda. O que a presença dos músicos agregou na sua experiência musical?

Sempre gostei de banda. Já tive bandas e grupos; acho que esse formato traz união, cumplicidade. Quando temos pessoas dedicadas e talentosas trabalhando junto, agrega muito em tudo: na musicalidade, no estilo, na presença de palco. Isso me ajuda muito até na hora de conduzir o show. Acho muito melhor do que uma coisa mecanizada.

Você se considera o “minério do pop”?  

Não, acho que eu sou o minério de mim mesmo, um artista que segue em lapidação. Nunca consegui me encaixar nessas prateleiras da indústria.

Como foi trabalhar com grandes nomes da cena urbana, como Donatto, Papatinho e Budah?

Eu e o Donatto ficamos amigos desde que a gente  fez a nossa primeira música, “Apaga a luz”, já faz uns seis anos. A gente tinha muito em comum e nos tornamos melhores amigos. Depois disso, já trabalhamos e conquistamos coisas juntos. É um  irmão que eu levo para a vida. Conheci o Papatinho através do Da Costa, que é um primo do Rany Money, da Cone Crew. Na época, eu já estava morando no Rio e ia para as batalhas de rima no Terreirão, no Recreio. Nós também viramos brothers e trabalhamos juntos na música “Pensando em nós”, da Budah e do CALIFFA. Já a Budah eu conheci através da Universal Music, nossa gravadora em comum, e acabamos também ficando amigos. É muito melhor fazer um feat quando se tem uma amizade, uma conexão entre os artistas, uma identificação musical. 

Em “Minerium Sessions” você aborda temas como saúde mental, vazio existencial, drogas, amor, desesperança e superação. Quais músicas você acha que retratam mais esses assuntos?

Acho que todas, cada uma em especial fala de uma coisa, foi tudo o que eu passei, eu passei por tudo isso, e contei a minha experiencia pra vocês.

Seu irmão mais velho também é músico. Como ele te influenciou musicalmente? Você já tocaram e/ou compuseram juntos?

Meu irmão, Bruno Guerra, foi fundamental na minha formação como músico e compositor. Ele me apresentou muitos artistas na época que ele fazia teatro na CAL (Casa das Artes Laranjeiras), no Rio de Janeiro, onde ele se formou como ator. Me lembro que eu ainda era criança, mas já acompanhava ele nos shows tocando percussão. Nós já fizemos diversos shows pela Zona Oeste do Rio e em outros lugares, como por exemplo no casamento do Felipe Toledo. Também abrimos shows de artistas como Filipe Ret, D2, Falcão, fizemos festas em exposições agropecuárias em Itaguaí e também na Festa de São Pedro, em Sepetiba, e em grandes eventos de rádios. Meu irmão é uma grande influência para mim. Sem dúvidas, eu não estaria onde estou hoje sem o apoio dele.

Você tem uma vasta lista de composições que também fizeram sucesso nas vozes de artistas, como Melim (é coautor do hit “Gelo), ZEEBA, Mumuzinho, Jojo Maronttinni, MC G15, Donatto e 3030. Como se dá essa dinâmica no trabalho de autor? Foram canções que você criou pensando na interpretação desses artistas? Explique um pouco desse processo.

Sim, foi exclusivamente pensando nesses artistas. Eu procuro sempre me encaixar na visão do outro lado e tentar fazer um som que o artista se identifique. Graças a Deus, consegui acertar bastante coisa. Esse processo, muitas vezes, é feito em grupo. Em alguns casos raros, a gente faz sozinho. E eu gosto muito de compor, me considero um ótimo compositor. A caneta me abriu muitas portas!

Qual mensagem você acha ser a mais importante que gostaria de trazer para o seu público, que é muito jovem?

Pensem no futuro, vivam com calma. Tá todo mundo muito novo, louco demais! Cuidado com as drogas, prestem atenção no que vocês colocam dentro do corpo, do nariz, do organismo de vocês… Cuidado com o que vocês fumam e cuidem da saúde, porque o tempo passa e, lá na frente, a gente colhe tudo o que planta. Ah! E usem sempre camisinha!

Qual é o seu feat dos sonhos? 

“Os meus heróis morreram de overdose, e os meus inimigos estão no poder…” . Não tenho feat dos sonhos, já tive muito essa pira, de fazer um som com alguém grande que poderia mudar minha vida, não tenho mais, mas tem um cara de quem eu sou muito fã e se ele topasse algo comigo eu ficaria muito honrado. Esse cara seria o Delacruz.

Ouça agora o novo trabalho:

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