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Charles Hermann fala sobre carreira: ‘Beleza abre portas, mas não sustenta carreira’

Colaborador

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18 de setembro de 2025

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Baiano, Charles Hermann iniciou sua trajetória na moda aos 15 anos, quando venceu um concurso de modelos em Salvador. Depois de campanhas e desfiles para grandes maisons, decidiu migrar para os bastidores e hoje é diretor criativo da Victoria Alta Costura, grife que o consagrou no Brasil e vem ampliando seu prestígio no exterior, com clientes na África do Sul, Dubai, Paris, Itália e Suíça.

“Comecei como modelo, mas entendi cedo que a beleza não seria suficiente. Ela abre portas, mas não sustenta carreira. Foi preciso amadurecer, me reinventar e provar diariamente o meu talento como estilista”, afirma.

Para ele, moda e beleza caminham juntas, mas o verdadeiro impacto está na autoestima que uma criação pode gerar. “Minhas roupas são quase uma terapia. Gosto de ouvir cada cliente e entender como ela quer se sentir. A moda tem o poder de transformar a forma como nos vemos”, diz.

Consolidar-se no Brasil, no entanto, não foi simples. “Aqui o preconceito é maior. Se você não está no grupo hypado, dificilmente consegue espaço em grandes editoriais. Fora do país, sou chamado para dezenas de trabalhos e me sinto realmente valorizado”, conta.

Mesmo em um mercado competitivo, Charles acredita que a moda continua sendo uma forma de expressão de identidade e valores. “A moda sempre comunicou. Houve um tempo em que ela perdeu voz, mas vejo esse movimento renascer, e isso me deixa esperançoso”, conclui.

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