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Comunidades da Zona Sul entram em campo na Copa Rio de Futebol de Praia, em Copacabana; Tayana dos Santos, CEO da LEP Produções, conta como surgiu o projeto

Redação RJ

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11 de maio de 2024

Reprodução: Assessoria de Imprensa | Nobre Assessoria

Com viés social, estimulando o desenvolvimento de jovens através do esporte, os primeiros jogos acontecem neste sábado (11) e vão até o dia 06 de de julho, dividindo-se entre o torneio social e amador

A bola está prestes a rolar oficialmente na Copa Rio de Futebol de Praia, que acontece neste sábado (11) em Copacabana, no Rio de Janeiro, Jovens das principais comunidades da Zona Sul da cidade como Cantagalo, Pavão Pavãozinho, Babilônia, Chapéu Mangueira, Tabajaras e Rocinha participam da primeira etapa do torneio. Em entrevista, a CEO e fundadora da LEP Produções Tayana dos Santos contou como surgiu a ideia de unir o viés social da empresa ao esporte, o legado que o torneio deixará e dá uma pequena prévia do que ainda está por vir.

A LEP tem um histórico extenso de projetos de desenvolvimento social, principalmente através da arte, certo? E como surgiu a ideia de se unir ao esporte na Copa Rio de Futebol de Praia?

Sim a LEP tem esse viés, pois temos a certeza que a cultura e o esporte, atrelados a educação, têm um papel transformador no ouvir da comunidade, enxergar os anseios, necessidades e, principalmente, o que elas querem fazer. E esse tipo de projeto inspira a cidadania nas pessoas que entendo como um caminho sensato a ser seguido. Ou seja, damos a oportunidade deles expressarem suas ideias, seja por um quadro, um poema, uma música, uma dança ou mesmo um golaço na quadra da comunidade, é uma forma de tornar o cidadão em agente transformador do estado atual do local onde vive.

O Copa Rio de Futebol de Praia, surgiu há 03 anos atrás em uma reunião entre eu e Sérgio Ribeiro (meu parceiro em vários projetos), comentei com ele sobre o desejo de retomar com um projeto esportivo que a LEP já realizada chamado Virar da Paz, que é uma ação voluntária de conscientização dos jovens das comunidades. E começamos a pensar em outros projetos de ciclismo, corridas, até que Sérgio comentou sobre ter conhecido o Paulo, presidente da AEFPERJ, que estava em busca de parceiros que pudessem ajudá-los na elaboração de campeonatos de uma forma mais profissional. Por ser um esporte amador, eles têm dificuldades financeiras para manter. Foi que então a seis mãos, começamos esse processo de elaboração, alinhamento e captação de recursos para viabilizar o campeonato. Após 03 anos, conseguimos unir a experiência e a expertise de cada um, e associamos marcas como a Confederação Nacional das Seguradoras (CNSEG), a empresa de energia Light e o incentivo ao esporte do Governo do Estado através da Secretaria de Esporte, que juntas nos ajudaram a viabilizar a execução do COPA RIO DE FUTEBOL DE PRAIA.

É o primeiro evento esportivo que você produz?

Não, já produzimos outros eventos esportivos como Virar da Paz (em Madureira), Jungle Fight (em Japeri) entre outros, mas talvez seja o mais desafiador, por se tratar de um esporte tão tradicional, em um cartão postal do Rio de Janeiro. Associar a favela ao asfalto no primeiro momento parece algo muito distante, mas neste cenário paradisíaco como Copacabana, além de estimular a participação social, concebe-se uma reflexão multidisciplinar dentro das comunidades que visa aliar a disciplina dessas atividades ao desenvolvimento humano.

E qual espera que seja o impacto na vida dos jogadores que vão participar? Qual é o legado da Copa Rio?

O maior legado que o evento vai deixar é o de apoiar os jovens no desenvolvimento humano e profissional, despertando neles o interesse pelo esporte e criando assim um olhar de futuro, deles enxergarem que existem oportunidades para além da realidade brutal e banal que eles vivem hoje em suas comunidades.

Pode falar um pouco mais sobre a escolha do Rio de Janeiro para sediar o campeonato? Pretende levar para outras cidades?

Unir o cartão postal COPACABANA, com a paixão nacional o FUTEBOL, é a união perfeita para um grande evento. Para além dessa união, tem o fator oportunidade de levar a garotada da comunidade para viver uma experiência única ao participar de um torneio de futebol na praia de Copacabana. Eu sou uma entusiasta de querer propagar projetos que reverberam oportunidades, então querer levar para outras cidades é sempre um grande desejo. Ao mesmo tempo que também queremos explorar outras modalidades na praia de Copacabana.

Ao longo de tantos projetos sociais, alguma história te marcou em especial?

Cada projeto é igual a um filho, difícil escolher o mais bonito (risos). Alguns são tão desafiadores que quando acaba, eu digo sempre que não farei mais e logo em seguida estou lá envolvida novamente, mas temos muitas histórias de pessoas que estavam desistindo dos seus sonhos por não ter oportunidade e depois do nosso evento a pessoa resolveu continuar sua carreira. Tivemos um projeto no interior do Pará, que a dificuldade de logística era enorme, mas vê a realização daquelas pessoas após o evento. O Brasil de Todos os Ritmos é um projeto que marcou muito, pois tivemos que adaptar ele na pandemia, mas temos muito relatos que ele ajudou a manter a saúde mental dos alunos e dos artistas que estavam participando do concurso cultural.

O evento é organizado pela LEP Produções em parceria com a AEFPERJ (Associação das Equipes de Futebol de Praia do Estado do Rio de Janeiro) e a Excess Produções, e conta com o patrocínio da Confederação Nacional das Seguradoras (CNSEG) e da empresa de energia Light, esta por meio da Lei estadual de Incentivo ao Esporte do Governo do Rio de Janeiro, via Secretaria de Esporte e Lazer.

Saiba mais em:
www.instagram.com/copariofuteboldepraia
www.copariofuteboldepraia.com.br

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