Samyra Show, considerada uma das maiores vozes do forró da atualidade, não se contenta apenas em reviver sucessos do passado. Em entrevista exclusiva, a artista revela sua paixão pela música, influências marcantes e planos ambiciosos para sua carreira futura.

No projeto “Diferentona In The Sun – Vintage”, ela faz uma releitura de sucessos de sua carreira, com novos arranjos, revitalizando músicas marcantes de sua trajetória, a pedidos dos fãs.

Samyra, você é considerada como uma das maiores vozes do forró da atualidade. Conte pra gente um pouco sobre como essa paixão se desenvolveu e quais foram os primeiros passos na sua jornada musical?

Minha paixão pela música começou cedo. Fazia covers da Mara Maravilha e cantava em vários lugares, de escolas a festas de bairro. Naquela época, aproveitava os ‘showmissions’, até mesmo em caminhões. Aos 12 anos, algo especial aconteceu. Tinha uma banda no meu bairro e sempre observava eles ensaiando da janela quando voltava do colégio. Um dia, pedi para fazer um teste e ali me encantei pela música de vez. Minha primeira participação em banda foi de forró, cantando Mastruz com Leite, como ‘Meu Vaqueiro, Meu Peão’, e talvez ‘A Outra’. O teste foi com uma música da Banda Mel com Terra, ‘Cavalo de Pau’, e dali em diante não parei mais. Me apaixono cada dia mais pela música, especialmente pelo forró. Tenho muito orgulho do que conquistei nesse estilo e de poder cantar suas melodias. É uma paixão que só cresce, e amo demais.

Sua carreira musical já coleciona grandes sucessos. Entre eles qual te marcou mais e por quê?

Minha carreira, graças a Deus, já dura mais de 20 anos, durante os quais consegui consagrar muitos sucessos. No entanto, uma música em particular se destaca e marca minha trajetória: ‘A Nossa Primeira Vez’. Apesar de ter gravado diversos hits ao longo dos anos, essa música em específico permanece atemporal. Mesmo décadas após seu lançamento, continua tão atual como se eu a tivesse gravado hoje.

O projeto “Diferentona In The Sun – Vintage” reinterpreta seus maiores sucessos com novos arranjos. O que te motivou a revisitar essas músicas de uma forma diferente?

É uma interpretação autêntica de quem sou eu, meu DNA. A ideia por trás desse sucesso surgiu da demanda dos fãs, que constantemente me pediam para gravar músicas marcantes da minha carreira. Muitas dessas músicas nunca haviam sido lançadas, mas representam muito para mim. Então, neste projeto, decidimos incluir essas músicas inéditas. Na terceira parte do projeto, quisemos trazer algo que remetesse à minha história e carreira, atendendo aos pedidos fervorosos dos fãs. Mantivemos a essência das músicas, mas adicionamos novos arranjos, mantendo a batida original. Era algo que os fãs ansiavam há muito tempo, e estou feliz por poder atender aos seus pedidos e revitalizar essas músicas inesquecíveis que marcaram minha trajetória.

O forró é um ritmo tradicional com grande representatividade cultural. Como você busca equilibrar a tradição com a inovação em suas músicas, sem perder a essência do gênero?

Exatamente, o forró é um ritmo muito tradicional, não é mesmo? Para mim, ser uma grande representante desse movimento é de uma importância. A música, em minha opinião, abrange tanto o tradicional de Luiz Gonzaga quanto a inovação do forró eletrônico, como o piseiro, e outros ritmos que se fundem ao forró. O forró eletrônico evoluiu ao longo dos anos; antes, era apenas sanfona e triângulo, mas agora inclui também guitarra elétrica, guitarra, contrabaixo, entre outros. É crucial para mim trazer esse novo estilo de forró, ser uma voz para nossa música e ter representatividade. Unir o antigo e o tradicional com uma roupagem renovada é fundamental para preservar nossa cultura e remodelar o forró.

Quais são as suas maiores influências musicais? Como esses artistas moldaram sua trajetória e seu estilo musical?

Bom, minhas maiores influências no forró, sem dúvida alguma, são Luiz Gonzaga, nosso primeiro grande representante, e o forró Mastruz com Leite, que, seguindo os passos de Luiz Gonzaga, trouxe uma inovação significativa para o forró eletrônico. Essas duas referências são essenciais para o nosso forró.

O que o futuro reserva para Samyra Show? Quais são seus sonhos e expectativas para a sua carreira?

Meus sonhos para o forró vão além de apenas sucesso pessoal; desejo que nosso estilo seja representado de forma inovadora em todo o Brasil. Quero que as pessoas não só aceitem, mas também apreciem a diversidade do nosso forró, seja eletrônico ou tradicional, com um respeito renovado por essa rica fusão de estilos. É essencial que haja uma maior valorização e reconhecimento do forró. Além disso, tenho a expectativa de ser reconhecida em todo o país como uma mulher que contribui para esse movimento. Acredito firmemente na importância da representatividade feminina no forró e espero poder abrir portas para outras mulheres talentosas ao longo da minha carreira.

Samyra, após o lançamento do “Diferentona In The Sun – Vintage”, o que você tem de projeto ainda para esse ano e o que o seu público pode esperar?

Bom, ainda teremos lançamentos este ano, incluindo clipes. Estamos gravando material novo aqui e mantendo nossa tradição de lançar CDs promocionais antes do São João. Os fãs podem esperar um repertório novo e eclético. Além disso, acredito que teremos várias colaborações até lá. Muitos fãs pediram um álbum vintage completo, então eles também podem esperar por isso.