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Empresas apostam em equilíbrio entre soft e hard skills digitais

Luca

Luca

19 de maio de 2023

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Empresas como NW2 e Witseed têm oferecido consultorias e treinamentos para preparar organizações e profissionais para os desafios do futuro

Com o avanço da tecnologia e a proliferação de assistentes virtuais e inteligências artificiais, é necessário que os profissionais desenvolvam habilidades específicas para navegar nesse novo cenário de transformação nas empresas. Em 2020, o Fórum Econômico Mundial publicou um relatório intitulado “O Futuro dos Empregos”, em que avaliou que 50% de todos os trabalhadores precisarão desenvolver novas capacidades – o chamado reskilling – até 2025, principalmente em áreas como resolução de problemas e pensamento crítico.

De lá para cá, a evolução tecnológica acelerou e startups do mundo todo começaram a se movimentar para atender às novas necessidades do mercado. Entre elas está a NW2 – consultoria de RH especializada em people design. A empresa lançou um relatório ainda inédito que aponta as dez principais habilidades do profissional do futuro.

“Lifelong learning” é uma das competências apontadas que, de acordo com o relatório, tem a ver com a mentalidade de aprendiz ao longo da vida. “Não é necessário saber tudo, mas é importante se comprometer a aprender continuamente e se manter atualizado. O conceito destaca a importância de investir na educação e no desenvolvimento constante para alcançar o sucesso pessoal e profissional”, explica Cristina Leal, CEO da NW2.

O diagnóstico da startup brasileira também aponta a lógica da computação como uma competência essencial do profissional do futuro. De acordo com Cristina, a habilidade será importante para as novas interfaces homem-máquina que estão sendo planejadas para a sociedade.
“Você não precisa ser um expert em programação, mas compreender como funcionam as entranhas dos softwares, ferramentas e algoritmos pode te ajudar a automatizar processos, adotar plataformas digitais e entender melhor como as empresas usam dados e processá-los para entregar experiências personalizadas aos clientes”, completa.

Em suas consultorias e mentorias, desenvolvidas a partir de metodologias ágeis, gamificação e técnicas de design, a NW2 percebeu que o investimento das empresas em recapacitação dos colaboradores aumentou nos últimos anos, justamente para se preparem à nova realidade.

E ela não está sozinha. Outra startup brasileira que tem se debruçado sobre o tema é a Witseed by Exame, plataforma de streaming de cursos focada em capacitação de times e empresas. A empresa lançou um relatório intitulado “SXSW: Learning Trends 2023”, que capturou as principais tendências para o desenvolvimento de habilidades profissionais discutidas durante o maior evento de inovação do mundo.

O documento da Witseed [https://www.witseed.com], que hoje já conta com mais de 40 mil alunos, destaca alguns insights como upskilling e reskilling, quatro dias de jornada de trabalho e liderança. Ainda segundo a publicação, a inteligência artificial vai ser cada vez mais usada no mundo corporativo, especialmente pelos RHs, que utilizarão a tecnologia para anunciar vagas, produzir textos e fazer a seleção de candidatos.

“A tendência, portanto, exigirá pensamento crítico e letramento digital dos profissionais do futuro, duas competências que têm sido cada vez mais demandadas”, explica Bruno Leonardo, Founder da Witseed by Exame.

Para se ter uma ideia, uma pesquisa da McKinsey identificou que quanto maior a proficiência digital de um trabalhador, maior é o seu salário. O estudo, que entrevistou 18 mil pessoas de 15 países, mostrou que um entrevistado com maior habilidade em ferramentas digitais, como a AI, por exemplo, tinha 41% mais probabilidade de ganhar uma renda do quinto superior do que os entrevistados com menor proficiência digital. A mesma tendência foi encontrada entre aqueles profissionais com conhecimento mais avançado nas áreas cognitivas (30%), em autoliderança (24%) e nas relações interpessoais (14%).

“É preciso haver um equilíbrio entre soft skills e hard skills, que vai variar de acordo com a área de atuação do trabalhador e de sua posição hierárquica dentro da estrutura organizacional. Mas o resumo de tudo aponta para o ensinamento que já vinha dos nossos avós: estudar nunca é demais”, finaliza a CEO da NW2.

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