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ENTREVISTA: Clarissa fala sobre o sucesso de “Nada Contra”, parcerias e possível turnê

Redação CM

Redação CM

15 de dezembro de 2021

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O single “Nada Contra (ciúmes)” está bombando no Tik ToK e nas playlists. O sucesso da música tem dado um gás na carreira da atriz e cantora Clarissa. A carioca de 22 anos, tornou- se celebridade nas redes sociais, depois de estrelar em 2018 o filme “Ana e Vitória”, ao lado da dupla Anavitória. Ela tem acumulado mais de 900 mil seguidores, juntando o Instagram e o Twitter. Com um público fiel, que já acompanha sua carreira desde 2014, o último ep lançado chegou a ser o segundo mais falado no Brasil no Twitter.

Desde então, vem investindo na carreira musical, com composições autorais, trazendo o gênero popular, do Pop Rock, com músicas mais introspectivas, carregadas de sentimentos e com uma pitada de experiências vividas por ela. 

Clarissa falou mais detalhes sobre como começou sua carreira, o que é inspiração para suas composições, próximos projetos e como está lidando com esse enorme sucesso, em uma entrevista incrível para a Conexão Magazine. Vamos conferir:

Antes de se dedicar integralmente à música, trabalhou como digital influencer, modelo e atriz. Quando ocorreu essa mudança para música?

Clarissa: Eu comecei só postando fotos no Instagram, sem a intenção de ser uma influenciadora e com essas postagens fui sendo chamada para fazer pequenos trabalhos como modelo. E como isso, foi chegando uma galera, ganhando seguidores, o que foi muito bom, porque quando eu resolvi postar alguns vídeos cantando, já tinha seguidores para ouvir. 

Comecei super despretensiosa, seguindo conselhos de alguns amigos que me diziam que tenho a voz bonita e que deveria postar vídeos cantando e como o Instagram ainda não era uma grande rede social, então era algo bem simples, cantando a capela de músicas que eu gostava, olhando para o lado, porque tinha vergonha de olhar para a câmera e a galera foi pedindo mais músicas e dizendo que minha voz acalmava. E surgiu a oportunidade de fazer alguns testes para atriz e em uma dessas eu passei para o filme “Ana e Vitória” em 2018, onde tive a oportunidade, não só de atuar pela primeira vez, mas também de cantar 3 músicas com a cantora e compositora tão incrível que é a Ana Caetano. Foi a primeira vez que pisei no estúdio e tive que cantar com pessoas me olhando. Então, literalmente uma coisa foi puxando a outra e as coisas foram acontecendo gradualmente, fui me descobrindo aos poucos e sentindo o chão para chegar até o lugar que estou hoje.

Quais suas influências musicais? Quem se inspira?

Clarissa: Em termos de escrita, composições mesmo, pesquisei muito. Claro que muitas das músicas que escutamos não necessariamente são nossas referências, coisas que gostamos muito, mas não cabem em nosso trabalho. E estava procurando, fazendo esse exercício de encontrar coisas que chamassem minha essência e minhas maiores inspirações foram a Lorde, Bob Dylan, Billie, no Brasil gosto muito do trabalho da Ana Caetano, Chico Buarque. São compositores que usam essa brincadeira da escrita, que brincam com as palavras e que falam coisas simples, universais e ao mesmo tempo específicas que tocam as pessoas. Busquei nesses artistas coisas que eu pudesse trazer para o meu trabalho e falar com a minha linguagem.

O que te motiva a escrever suas composições, são histórias que você já viveu?

Clarissa: Demorei para entender como isso funcionava, quando parava para escrever uma música, me perguntava o que estava sentindo, o que queria colocar na letra, parecia que atropelava o fluxo de raciocínio. Agora mesmo antes da entrevista, vendo que estava chovendo, me lembrei de quando tomava banho de chuva em casa quando era criança e veio uma frase, comecei a fazer uma melodia e foi saindo uma cantiga. Vai acontecendo dessa forma, uma experiência, algo que aconteceu comigo, como por exemplo, as músicas Nada Contra, Não Me Importo Mais, Ela, são todas experiências pessoais. São histórias verdadeiras que aconteceram comigo ou com pessoas próximas, mas eu sempre procuro falar dessas coisas de uma forma universal para que todo mundo possa se identificar, é isso que eu busco nas minhas composições.

Recentemente você lançou o seu ep, que foi um sucesso e falamos sobre ele aqui na Conexão em nossa primeira entrevista e recentemente você lançou “nada contra”, que vem sendo um sucesso também. Como está sendo ver que ter dado o passo de lançar algo de fata solo foi o passo certo?

Clarissa: Tive várias dúvidas antes se estava no caminho certo, mas sempre tive essa urgência de dizer as coisas que precisava dizer e de cantar, até acho que demorei muito para ter coragem, mas as coisas foram acontecendo no momento certo e como tinham que acontecer.

Como foi o processo de criação de “nada contra (ciume)”?

Clarissa: Foi uma mistura de muita coisa, porque é uma música pessoal, todo mundo já viveu ou viverá. Fiz ela pensando na volta do Pop Punk, PoP Rock e como seria legal em resgatar essas releituras, trazendo para o atual, mas que trouxesse essa batida que eu cresci ouvindo do Rock Brasileiro, especialmente dos anos 200 como o Chorão, NX Zero, Detonautas, onde surgiu inspiração para fazer a melodia, porque o ep é uma coisa mais crua, mais devagar, mais dançante. Tirando isso todas as outras músicas são bem sensíveis, calmas e introspectivas, mostrando realmente quem eu sou. Mas eu também tenho esse lado do Nada Contra. Minhas maiores referências musicais são nesse ritmo e comecei a letra depois de uma experiência pessoal, mas a parte de melodia foi muito tentando trazer o Pop Rock nacional.

Suas músicas estão fazendo bastante sucesso no TikTok, como esse recente lançamento. A música vem sendo muito usada como trend, você esperava essa repercussão por essa rede social?

Clarissa: Não, tanto que nem fizemos essa divulgação nas redes sociais, estávamos muito no início. A galera da produção mesmo fala que tinham umas conversas que sabíamos que teríamos se tudo desse certo, daqui há 2 ou 3 anos e estamos tendo que falar agora, porque realmente não esperávamos esse sucesso. ‘Nada Contra’ foi o primeiro single depois do ep. Os dois tiveram datas de lançamento muito próximas, então tínhamos zero pretensão. Inclusive por conta da batida ser diferente do ep, estamos com medo do público pensar que eu não sabia qual seria meu estilo, estava nervosa e com medo de não agradar, de não fazer sucesso e ser um fiasco logo no primeiro single. E foi o contrário, começou com um mês ótimo e aí foi o lance do TikTok, com 5 mil vídeos, que para quem está começando é muita coisa. É um número que não entra na minha cabeça, foi muito para além do que eu poderia imaginar, não esperava mesmo.

Inclusive suas músicas ganharam repercussão fora do Brasil, entrando para as playlists em vários países, como Portugal e México, para a Clarissa de alguns anos atrás, como está sendo isso?

Clarissa: Sabe aqueles filmes que começam com uma pessoa muito aleatória e o narrador fala: você deve está se perguntando, como eu cheguei até aqui? Então me sinto assim o tempo todo. Era uma pessoa muito tímida, muito quieta, então pensar que tem mais de mil pessoas me ouvindo em outros países, coisa que eu escrevi e que eventualmente vou tocar para públicos grandes, não entra na minha cabeça. Mas falo isso com muita felicidade e estou curtindo esse momento. A Clarissa do passado só queria que tudo desse certo, estava meio perdida, não sabia se seria modelo, atriz ou cantora e me encontrei na música. Tem sido tão incrível compor, que é minha parte preferida, com certeza. A Clarissa de 2, 3 anos atrás estaria feliz com a Clarissa de hoje, porque é muito mais do que eu poderia imaginar.

Em nossa última entrevista você estava lançando o seu EP. Hoje você já conta com mais de milhões de streamings nas músicas nos apps de música. Qual delas você acha que, sem dúvidas, foi a queridinha da galera?

Clarissa: Nada Contra, pelos números seria a primeira opção, mas em termos de tocar o coração da galera foi o single ‘Ela’. É a que mais me toca também. Foi a primeira que eu fiz, no início de 2020. Quando eu mostrei para alguns amigos, sempre diziam que confiava muito no potencial da música porque fala sobre a minha adolescência. Então pelo o que eu sinto assim da galera, tirando claro a ‘Nada Contra’, ‘Ela’ é a que mais emociona o público.

Ainda sobre a entrevista que já rolou aqui na Conexão com você. Precisamos relembrar que nos citou alguns nomes de feats que você adoraria fazer. Conta pra gente, vem feats por aí? Algo já está sendo planejado?

Clarissa: Vem super, em breve já lançarei uma parceria com um artista de lofay que gosto muito. E entre janeiro e fevereiro tem parcerias com uma dupla do brasil que curto também, são queridíssimos e com uma pessoa de Portugal.

Quais os próximos projetos, teremos lançamentos novos? shows? claro que a gente quer muito saber!

Clarissa: Estamos planejando uma turnê pelo Brasil ano que vem. Essas parcerias todas que falei anteriormente e pensando talvez em shows internacionais, em algumas cidades fora. Vou tocar em um festival que sempre vou todo ano, do lado de pessoas incríveis e como atriz tenho uma série que será lançada ano que vem para a Netflix. 2022 promete demais, vários projetos em andamento.

E como não poderíamos deixar de falar, sobre seu primeiro show, que aconteceu no Festival Polifonia,  dia 21/11,  no Vivo Rio, . Depois de dois anos da estreia, o festival manteve a tradição e apresentou novos nomes da música brasileira.

Clarissa, cantou sucessos e uma música inédita que será lançada em breve, em suas redes sociais, mostrou tudo o que rolou nos bastidores e a felicidade em cantar no palco pela primeira vez. “Bizarro como eu me senti à vontade no palco, senti que era realmente aquilo que era pra eu estar fazendo, e o lugar onde eu deveria estar. Brigada, gente”, escreveu ela em seu Twitter.

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