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Entrevista: João Mar, conhecido pelo hit “Funk Bunitin”, fala sobre carreira e próximos trabalhos

Redação CM

Redação CM

31 de janeiro de 2024

Créditos: Manoela Yumi

João Mar é natural de Curitiba, mas foi radicado no Rio de Janeiro. Com apenas 36 anos, João Mar acumula mais de 60 lançamentos nas plataformas de streaming e possui uma carreira sólida há quase uma década. 

O artista já se apresentou para mais de 30 mil pessoas. No digital, João já conquistava o seu público desde o primeiro álbum. A segunda música lançada do projeto, “Moça”, esteve no “Viral da Semana” do Spotify. Desde então, João Mar não para de crescer. Além dos singles autorais, já lançou releituras autorizadas de canções da MPB. Suas versões “Quero Te Encontrar” e “País Tropical” somam juntas, quase 30 milhões de streamings. O cantor também é conhecido por “Funk Bunitin”, canção que virou hit graças ao compartilhamento de diversas celebridades como Anitta, Lore Improta e Marina Ruy Barbosa. Nas plataformas, o som já ultrapassa os 6 milhões de streamings. 

João Mar enfrenta um momento delicado atualmente. Em Setembro do ano passado foi diagnosticado com Linfoma de Hodgkin, um tipo de câncer que afeta o sistema linfático, considerado raro no Brasil. Ainda assim, o cantor optou por continuar estreitando o laço com os seus fãs e dialogando com o seu público através da música, sem pausar os lançamentos. Conversamos com ele sobre sua carreira e o próximo álbum, que já está em processo de produção: 

João, como foi descobrir que você gostaria de entrar no ramo musical? Houve alguma situação específica que te deu essa “virada de chave”? 

Desde criança, eu já tive muitas referências do cenário musical, graças aos meus pais. Eu sempre tive um contato muito forte com a música, principalmente com artistas da MPB e do raggae como Marisa Monte, Bob Marley, Caetano Veloso… essas canções além de me inspirarem em situações do cotidiano, me trouxeram inspiração para imergir nesse universo. Por mais que tenha sido algo quase natural, me lembro de um momento específico quando eu e minha mãe estávamos viajando de carro e o rádio quebrou. Ela sugeriu cantarmos durante a viagem e, foi nesse momento simples, mas especial, que eu percebi quem gostaria de ser. 

Um dos seus sons mais conhecidos é “Funk Bunitin”. Por mais que tenha sido lançado há 4 anos, até hoje as pessoas comentam o videoclipe no YouTube e dizem que descobriram a música graças a divulgação das celebridades. Qual foi a sensação de ter ganho um reconhecimento desse porte? 

Foi surreal. A música foi lançada há 4 anos, mas estourou de fato há uns dois anos atrás, então foi algo quase inesperado. Esses nomes de peso começaram a compartilhar e as pessoas chegaram  até mim com comentários muito carinhosos. Algumas até dizendo que essa era sua canção preferida. Eu faço música justamente pra causar um impacto positivo na vida dos meus ouvintes, então saber que isso estava acontecendo foi mais um motivador pra continuar trabalhando. 

João, como você tomou a decisão de continuar lançando músicas mesmo durante o tratamento? 

De forma pessoal, a música é uma parte do meu processo de cura. Ela também me traz diversas melhorias. Pra mim, continuar fazendo música é sinônimo de buscar a recuperação. Agora pensando de maneira coletiva, nos meus ouvintes, creio que essa é uma forma de nos manter próximos, de compartilhar o meu otimismo quanto a vida. Acredito que essa é uma mensagem muito importante e ela não pode ficar para trás. 

Percebemos que os seus últimos lançamentos têm uma “vibe” bem semelhante. Pode nos contar o porquê? 

Sim! São dois motivos, basicamente. O primeiro é que os lançamentos vão fazer parte de um novo projeto, um compilado de músicas. Esse álbum falará sobre a minha trajetória e mostrará as inspirações que me fizeram ser artista. O segundo motivo é que, como desejo me mostrar de verdade nesse novo projeto, as músicas têm basicamente as mesmas referências, aquelas que adquiri durante a vida. Estou animado, pois ouvintes vão descobrir uma parte da minha história só escutando as faixas. 

O seu último lançamento do ano passado trouxe uma atmosfera bem emocionante. No videoclipe de “Tudo Vai Ser Como Deve Ser”, sua filha aparece raspando o seu cabelo. Como foi gravar essa cena? 

Ainda que seja um momento bem importante, eu gostaria que a mensagem fosse passada de forma descontraída, até porque, a música tem uma letra positiva, de esperança. A ideia não era trazer a perspectiva da doença, mas sim a perspectiva da cura. E gravar foi exatamente isso. Sentir que aquele gesto era mais um passo da minha recuperação e fazê-lo com a pessoa mais importante da minha vida foi um misto de alegria e conforto em saber que tenho pessoas torcendo por mim. 

“No Azul do Teu Olhar” foi o primeiro lançamento desse ano. Porque você escolheu essa canção pra começar um novo ciclo? 

Acho que “No Azul do Teu Olhar” é uma canção que traz exatamente essa energia, da felicidade em poder começar tudo de novo. É uma música alto astral, de renovação para o início desse ano que será super importante pra mim e espero que para todos os meus ouvintes também. 

Por fim, gostaríamos que você contasse o que as pessoas podem esperar do próximo projeto. O novo álbum será lançado esse ano, correto? 

Sim! Será lançado neste ano. As pessoas podem esperar me ver como nunca viram. Sem amarras, com transparência sobre quem eu sou. Vai ser muito legal mostrar esse meu lado, mais fiel as minhas referências, uma pessoa positiva que ainda tem fé na vida. Além da minha individualidade, as canções em sua maioria trazem mensagens importantes e foram feitas pra inspirar mudanças boas. Espero que esse novo projeto transforme as pessoas tanto quanto ele me transformou. 

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