A segunda parte do disco “Inimaginável ll” dá continuidade ao projeto e traz um novo ciclo importante da trajetória solo de Rod Melim. Um trabalho que traz letras de amor, persistência, fé e renascimento artístico.
Nesta entrevista, o cantor abre o processo criativo, lembra parcerias, fala sobre sua essência como compositor e reflete sobre o que deseja transmitir com seu primeiro álbum solo.
A faixa “Maré de Sorte”, colaboração com Marcelo Falcão, é, segundo Rod, um dos pilares emocionais do projeto. Ela celebra dedicação, força e a coragem de seguir em frente, temas que traduzem o momento atual da carreira do artista. “Quando comecei a produzir INIMAGINÁVEL II tive a ideia de convidar alguns artistas que admiro pra colaborar em algumas faixas, conheci o Falcão pessoalmente há um tempo atrás, durante uma publicidade que fizemos juntos, na época trocamos bastante ideia sobre música. o trabalho dele sempre foi referência pra mim, acho a musicalidade, sonoridade e as letras dele incríveis”.
Sobre o convite para a participação, Rod comenta: “Quando o fiz o convite ele topou antes de ouvir a canção e isso foi muito maneiro, convidei meu irmão Diogo pra me ajudar a escrever um som que tivesse a ver com o meu trabalho e o dele, daí surgiu “Maré de Sorte” que traz uma mistura de reflexão, inspiração com um pop urbano e goodvibes. Falcão escreveu a parte dele e eu curti muito o resultado, a soma das vozes, os arranjos e mixagem. Me sinto privilegiado de ter uma parceria tão incrível no meu primeiro álbum solo”.
A sonoridade de Inimaginável II respira a alma da MPB. Em alguns momentos, fica impossível não notar referências como O Rappa, Skank, Charlie Brown Jr. e Djavan, que o próprio Rod reconhece com carinho. “São exatamente esses artistas que me inspiram, gosto muito quando as canções de alguma forma tem essa conexão com artistas brasileiros e ao mesmo tempo carregam a minha personalidade e originalidade particular. Isso me ajuda a encontrar e manter um caminho musical de longo prazo, músicas que vão ficar pra sempre, esse é o meu maior desejo.”
O cantor também comentou outras referências e o seu próprio trabalho com a Melim que ainda lhe inspira. “Além dos artistas citados, também vejo um pouco de Nando Reis, Emicida, Ed sheeran e o próprio trabalho da Melim que também se tornou referência pro meu trabalho solo, pois muitos fãs da banda ainda me acompanham e acho que esperam de alguma forma, músicas com aquela sonoridade que eles curtem tanto”.
A participação feminina do disco vem com Jenni Rocha, em “Metro Quadrado”, uma parceria que aconteceu de maneira inevitável. “Tive oportunidade de trabalhar com a Jenni em algumas ocasiões e sempre foi incrível. Ela que agora está iniciando uma carreira lançando um trabalho autoral, ja trabalha na música há muito tempo, principalmente como backing vocal e é super querida e admirada por todos que tem o privilégio de ver ela cantar. Pedi pra Jenni gravar uma guia despretenciosa da música, na parte da mulher pra ouvir como ficaria e fazer o convite pra uma outra artista. Curti tanto a voz dela que a convidei oficialmente e acho que tinha que ser a Jenni desde o começo. A música ficou do jeito que eu imaginava e me parece, pelo feedback do público que é uma das preferidas do INIMAGINÁVEL II. Fiquei muito feliz de ter a participação de uma artista tão talentosa e querida como ela“.
Rod acumula composições gravadas por artistas de diferentes gêneros e gerações, uma parte essencial de sua carreira. Quando perguntado sobre qual música escrita para outros artistas também caberia no álbum, ele não hesita: “Já tive muitas canções gravadas por diversos artistas de vários seguimentos diferentes. Posso citar alguns: Jorge e Mateus, Luan Santana, Ivete Sangalo, Sorriso Maroto, Ferrugem, Dilsinho, Xand Avião. Uma música que eu curto muito e até realmente pensei em regravar no INIMAGINÁVEL é a “como se o amanhã não fosse chegar” gravada pela banda Big Up, que é uma composição minha com os integrantes da banda, eu simplesmente amo essa música e acho que super se encaixaria em qualquer uma das partes do álbum”.

O Inimaginável II carrega um olhar de esperança, aquela construída a partir de escolhas difíceis, renúncias e desejo de seguir. “Eu espero que as pessoas de alguma forma se sintam mais motivadas a buscarem as coisas que tragam felicidade, plenitude, propósito. que aproveitem suas vidas, amem, viagem bastante e ao mesmo tempo possam parar para refletir, olhar pra dentro, melhorar como pessoa, não se cobrar tanto, não se culpar tanto por erros passados, só de buscar melhorar, já é uma vitória grande. Na verdade desejo a todos as mesmas coisas que desejo pra mim mesmo”, deseja ele.
Com o projeto completo no mundo, Rod já começa a sentir o impacto do reencontro com o público e 2026 promete ser um ano cheio. “Com o lançamento da segunda parte, to começando a fazer alguns shows pelo Brasil, fazer uma turnê seria algo incrível, sei que tem muita gente animada pra ter esse encontro, pra poder cantar as músicas e dar aquele abraço pessoalmente. Pra 2026 além dos shows já tenho planos pro INIMAGINÁVEL acústico, vai ser um disco com todas as faixas num formato mais intimista, voz e violão, pra dar uma nova cor pra cada música, ainda tem muita coisa boa por vir, estou só começando, ou melhor recomeçando”.









































