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Inovação e desafio: um olhar diferente sobre o futuro da saúde privada no Brasil

Redação CM

Redação CM

5 de março de 2024

Reprodução: Divulgação/R2

Com o aumento constante do número de adeptos, a saúde privada no Brasil está em constante evolução. Seja pela segurança oferecida em situações de emergência, como atendimento durante a madrugada ou em casos de acidentes, ou pela qualidade do serviço e facilidade de agendamento, a preferência pelo setor privado cresce. Este cenário é impulsionado, em parte, pela percepção de que o sistema de saúde pública do país não está atendendo às expectativas. A falta de especialistas e recursos essenciais para garantir o bem-estar da população são desafios evidentes. Para explorar mais a fundo o futuro da saúde privada no Brasil, o CEO da Blue, Izaias Pertrelly, oferece insights sobre o atual panorama da indústria no país.

“Precisamos urgentemente de mudanças significativas em nosso sistema de saúde como um todo. As operadoras de saúde cumprem as regulamentações estabelecidas, mas acredito que os planos de saúde, baseados no serviço oferecido, funcionam mais como seguros do que como sistemas de assistência. Não existe um plano prévio para a saúde dos beneficiários”, explica.

Pertrelly destaca que essa discussão sobre a necessidade de mudança pode incomodar alguns órgãos e empresas. “Considero essa discussão saudável, embora possa causar desconforto para alguns, pois o novo sempre é encarado com desconfiança por aqueles que estão acostumados com o status quo. No entanto, o sistema atual é financeiramente insustentável e não está proporcionando resultados de longo prazo para a saúde da população. A única maneira de ser eficaz nesse cenário é adotar a tecnologia para personalizar o cuidado e acompanhar os usuários de forma abrangente”, destaca.

Ele compartilha que foi observando essas lacunas no mercado, aliadas às experiências negativas de pessoas próximas que precisaram de atendimento emergencial, que surgiu a ideia da Blue.

“A Blue foi concebida com base em minha experiência anterior na área de tecnologia, comunicação e consultoria em gestão para outras empresas do setor de saúde suplementar. Ao perceber a falta de investimento em tecnologia e inovação nesse setor, juntamente com a escassez de profissionais dispostos a trazer algo único, entendi que poderia contribuir de forma mais ativa com esse mercado. Além disso, minhas experiências pessoais, como a incapacidade de prever o AVC que afetou minha mãe, me motivaram a criar um modelo de negócio que fosse sustentável e eficaz ao mesmo tempo”, relata.

Ele também discorre sobre a importância das healthtechs e a necessidade de mais tecnologia na área da saúde. “As healthtechs têm impulsionado inovações através da telemedicina, inteligência artificial, gestão de relacionamento com pacientes, farmacêutica, IoT (Internet das Coisas), entre outras áreas. Além disso, os planos de saúde mais acessíveis podem contribuir para ampliar o acesso aos serviços de saúde”, conclui.

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