“Atravessaria a Cidade Toda De Bicicleta Só Pra Te Ver Dançar” estará no Curta Cinema nos dias 19 e 22 de abril, no Rio de Janeiro
“Nunca fumei maconha, nunca beijei e também não sei andar de bicicleta”. Entre a beleza das primeiras vezes, essa é a frase com que Pedro, interpretado por Pedro Goifman no curta “Atravessaria a Cidade Toda de Bicicleta Só Pra Te Ver Dançar”, inicia a história de amor e aventura. O filme será exibido nos dias 19 e 22 de abril no Curta Cinema, um dos mais importantes festivais do país e classificatório para o Oscar, que acontece na Estação NET Botafogo, no Rio de Janeiro, com entrada gratuita.
O astro de “B.A.: O Futuro Está Morto”, sucesso da MAX (antiga HBO Max) em 2023 e de “Tarã”, série com Xuxa e Angélica para o Disney+ ainda sem data de estreia, conta que o curta de Maurício Abbade fala sobre como levar a vida de forma menos angustiante, retratando com leveza os primeiros passos de um casal adolescente LGBT.
Meses de preparação e o amor do protagonista – Mesmo sendo um curta metragem, o ator conta que o processo de desenvolvimento do personagem durou meses, justamente para construir a relação entre Pedro e Ian, protagonista e par romântico, respectivamente, “além de entender as dores e prazeres de um momento da vida que eu já havia passado”, conta o ator.
“Tivemos vários ensaios, leituras de roteiro, conversamos muito sobre o personagem e o resultado está no filme, que é uma delícia de assistir”.
Pedros que atravessariam a cidade de bicicleta por vários motivos – Entre diversas características em comum entre Pedro personagem e Pedro ator, Goifman destaca a vontade de viver, a curiosidade pelo novo e a paixão. “E o que também temos em comum é termos demorado para aprender a andar de bicicleta! (Risos)”.
De “B.A.” ao curta, a importância da visibilidade LGBTQIAPN+ – Na série da Max, Goifman dá vida à Tomás, que é pansexual. Na vida real, Pedro é bissexual e no novo curta, interpreta um personagem gay. “Retratar essas histórias é fundamental para tentarmos mudar um pouco uma sociedade que ainda é muito preconceituosa”, diz.
Pedro fala ainda sobre a importância de não ser um filme sobre dores, e sim, sobre a leveza do amor. “O filme conta sobre esses dois adolescentes que vivem uma vida deliciosa. Colocar esses personagens no lugar do afeto e não do sofrimento, é muito importante”.
Choques de realidade ao longo da trama – Mais do que a história de amor, intercalando com a narrativa, são exibidos depoimentos reais de pessoas LGBTQIAPN+. “Esses depoimentos colaboram e entram em choque com a história, que é, da melhor forma possível, utópica”.
Chances de chegar ao Oscar – Exibido em um dos festivais mais importantes do país, Pedro afirma que mesmo sem chegar ao Oscar, já considera uma vitória. “Não tenho a menor ideia sobre as chances, mas é divertido estar perto da maior premiação do mundo”.
“O filme mistura momentos de ficção com entrevistas reais, bagunçando a linha narrativa, que não é linear, e aproximando a invenção da realidade. Não sei se essa linguagem não-tradicional agrada o Oscar, mas certamente faz com que o filme se destaque”.