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“Tempo Remoto”: Isaac Chueke lança álbum que transita entre o bolero e o pop

Redação CM

Redação CM

1 de outubro de 2025

Foto: Pedro Mazillo

O músico e compositor carioca Isaac Chueke lança seu quarto álbum, “Tempo Remoto”. O trabalho, que dá continuidade à sua trajetória de composição e produção, destaca-se pela ausência de uma temática única, celebrando a diversidade rítmica e a experimentação musical. Com oito faixas, o disco é um convite a uma jornada sonora que transita livremente por diferentes gêneros e sentimentos, refletindo a versatilidade de um artista que iniciou sua carreira no audiovisual e, nos últimos anos, se dedicou integralmente à música.

A faixa-título, “Tempo Remoto”, que dá nome ao álbum, nasceu de forma orgânica. Inicialmente uma melodia conduzida por um bolero, a canção cresceu até se tornar a preferida da banda. A letra fala sobre um tempo que se foi, permeado pelo voo de um pássaro que “sobrevoa o amanhecer de luzes e perfura as cores do céu em brasas”. A canção traz um swing especial com sua percussão latina e um sensual solo de saxofone.

A pluralidade do álbum é evidente em suas colaborações e ritmos. A música pop “Pirueta” traz um dueto entre Isaac Chueke e a cantora Rachel Goldgrob, em um jogo de palavras que brinca com as sonoridades e os dias da semana. Já em “Tattoo”, outro bolero, Isaac divide os vocais com o parceiro de longa data Raphael Gemal em uma visão bem-humorada sobre o ser humano e suas escolhas. A faixa “À Deriva”, por sua vez, é um baião que usa um barco à deriva como metáfora para o período da pandemia, enquanto as quatro últimas faixas são sambas que falam sobre os caminhos da vida, o destino e a superação.

Uma curiosidade do projeto é que o clipe de “Tempo Remoto” foi filmado de surpresa, durante a festa de lançamento do álbum anterior de Isaac, o “Usina Musical” (2024). Essa gravação, realizada de forma espontânea, agora serve como um elo entre o passado e o futuro, unindo os dois projetos de forma inusitada.

Faixa a faixa:

Tempo Remoto: A faixa-título é um bolero sensual com percussão latina e solo de saxofone que aborda a temática de um tempo perdido, permeado pela metáfora do voo de um pássaro que “perfura as cores do céu em brasas”.

Pirueta: Um pop cantado em dueto com Rachel Goldgrob, a música é um jogo de palavras que brinca com as sonoridades, os dias da semana e as piruetas da vida.

Tattoo: Em outro bolero com um tom bem-humorado, Isaac Chueke divide os vocais com Raphael Gemal em uma reflexão sobre a escolha de tatuar o corpo, usando um jogo de palavras com a palavra “tatu”.

À Deriva: Um baião com arranjos melódicos e um bandolim que usa o barco à deriva como uma metáfora da vida durante a pandemia, abordando a fantasia, o amor e a turbulência do período.

Não sequer ouvi: Um samba que fala sobre os sentimentos que ficam escondidos durante a separação de um casal, expressando a dificuldade de encarar a realidade e de escapar das memórias do relacionamento.

Solstício: Uma bossa nova sobre os caminhos que trilhamos na vida, as histórias que vivemos e a forma como o tempo nos molda.

O canto do coração: Um samba universal que reflete sobre o silêncio, a ilusão e a solidão, descrevendo o verso como o “canto do coração” ou o “pranto do coração”.

Surpresa: Um samba que busca levar a tristeza embora “devagar” e trazer a surpresa no lugar, expressando a esperança de encontrar um futuro mais leve e feliz, sem se esquecer do passado.

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