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Capa Digital | Dom7 | Ed. 57

Redação CM

Redação CM

6 de março de 2025

Não existe fórmula para se fazer um artista de rap. Mas todo rapper que se preze olha para a sua comunidade com respeito e orgulho. Essa é a raiz, fonte de inspiração para todos eles. E parece que Dom7 aprendeu rápido a lição. Natural da Vila Vintém, na Zona Oeste da capital, Dom7 tem apenas 15 anos e tem mostrado uma maturidade artística impressionante, trazendo uma visão única e realista sobre a vida na comunidade onde cresceu.

Com apenas 3 anos de carreira, ele começou 2025 em grande estilo, lançando um feat. com o rapper L7NNON no single “Um Minuto”. Sua próxima música de trabalho, “Melhor Que Ninguém”, está em segundo lugar nas rádios do Estado do Rio de Janeiro, segundo relatório da Crowley da última semana, superando nomes consagrados como Dilsinho e Sorriso Maroto nas paradas de sucesso. E ela estreia, nas plataformas digitais, no dia 07 de março.

Conheça a história de Dom7:

Onde você nasceu e cresceu?

Nasci e cresci no Rio de Janeiro, nas comunidades de Realengo e Padre Miguel, dentro da favela Vila do Vintém.

Qual foi o seu primeiro contato com a música?

Meu primeiro contato com a música foi através do Toni, dono de um estúdio revolucionário dentro de uma favela, trazendo oportunidades para muitas pessoas da comunidade e adjacências. Com o tempo, aquilo foi algo novo para mim, mas eu gostei e fui me aprofundando.

Quando e por que você decidiu investir na carreira musical?

Decidi seguir a carreira musical ao perceber que tinha potencial através das minhas composições e poesias, que eu fazia antes de começar na música. Muitas pessoas viram talento em mim e me incentivaram, o que foi uma forma de impulso para mim também.

Quais são suas maiores referências, dentro e fora do rap?

Dentro do rap, minhas maiores referências são artistas da cena, como L7, Cabelinho e Ret. Fora do rap, carrego características de pessoas da minha família, como minha mãe, que é uma guerreira e me criou sozinha, e meu avô, que para mim é um pai. Minha avó também foi um dos principais incentivos para eu continuar seguindo em frente. Tento sempre seguir os exemplos dessas pessoas.

O que você quer passar com o seu som?

Com o meu som, quero passar emoções e verdade. Acredito que, através da minha verdade, muitas pessoas podem se identificar, pois é comum que os artistas vivam momentos que outras pessoas já viveram ou estão vivendo.

Você tem alguma história interessante ou marcante que impactou sua jornada musical?

Sim, o feat com o L7NNON no single “Um Minuto” foi muito marcante para mim, pois aconteceu de uma forma bem natural e inesperada. Foi algo muito rápido e fluiu de maneira incrível. Isso sem dúvida marcou minha carreira, já que sempre acompanhei e admirei o L7 tanto musicalmente quanto como pessoa.

De onde vêm suas inspirações para as letras?

Minhas inspirações vêm do cotidiano que vivemos dentro da favela. Observo crianças sonhando, mas sem ter oportunidades para algo melhor, o que me motiva a passar a mensagem de que, mesmo sem recursos, não devemos deixar nossa origem nos impedir de correr atrás das nossas metas. Minha família tem uma boa condição, graças a Deus e ao esforço de cada um, mas sempre busco mostrar àqueles que moram na favela que nada pode impedir alguém de sonhar.

Quais são os seus planos para este ano? Que projetos está trabalhando atualmente?

Meus planos para este ano são muitos, mas o principal é consolidar meu trabalho de forma que as pessoas olhem para ele com bons olhos.

Atualmente, estou trabalhando em um EP e buscando trazer diversidade em cada faixa trabalhada, sem limitações para nós, artistas do rap. Acredito que é uma forma de renovação dentro da indústria musical.

Por que o nome artístico é Dom7?

O “Dom” veio do estúdio, pelo Toni, um mano que foi crucial para o desenvolvimento da minha carreira. As pessoas no estúdio começaram a me chamar assim, e a moda pegou. O “7” foi adicionado porque é um número que sempre me identifiquei, tanto na minha religião quanto na minha vida pessoal. Eu senti que faltava algo de impacto para o meu nome artístico, mas, pessoalmente, prefiro que me chamem só de “Dom” (risos).

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