Formada em artes cênicas nos Estados Unidos, Nathalia Serra tem uma trajetória marcada pela dedicação ao ofício, com uma carreira que abrange novelas, filmes e musicais. Agora, ela estreia na nova temporada do musical “O Rei do Rock”, no Rio de Janeiro.
No musical, que acontece no Teatro João Caetano, no Centro do Rio de Janeiro, a artista interpreta Ann Margret, o grande amor de Elvis Presley, personagem que exige versatilidade e habilidades intensas em canto, dança e atuação. O musical estreou em 15 de novembro e fica em cartaz até 8 de dezembro, com sessões extras nos últimos dias (mais detalhes em: https://www.instagram.com/p/DDIIdXSye7q/).
“O Rei do Rock” marca o destacado retorno de Nathalia aos palcos cariocas, sua cidade natal. Em entrevista exclusiva para o Conexão Magazine, Nathalia Serra comenta sobre essa experiência. Confira:
Qual o maior desafio em ser atriz no Brasil?
Acredito que a instabilidade financeira, o curto tempo atual de duração das produções, e a falta de critério para a escalação, onde não atores estão assumindo papéis, enquanto atores com vasta formação e experiência estão na geladeira, são as principais questões que enfrentamos.
O que significa O Rei do Rock e Ann Magret para você?
Ann Margret é a minha primeira grande antagonista. Me sinto muito honrada em ter sido escolhida, dentre tantas opções, pelo Beto Sargentelli, para defender essa estrela Hollywoodiana num projeto tão especial e afetivo para ele, como é o Rei do Rock.
Ann Margret está em destaque com a futura cinebiografia protagonizada por Lindsay Lohan. O que você tira de aprendizagem dessa personagem?
Ann Margret é uma mulher interessantíssima, extremamente autêntica, e não se submeteu a estar à sombra de Elvis Presley, em plenos anos 60. É maravilhoso poder representar uma mulher empoderada nesse nível, que apesar de ter tido sua carreira marcada também por questões da vida pessoal , segue até hoje, aos 83 anos, super ativa artisticamente, exercendo seu ofício bravamente.
Como foi o processo de preparação para a personagem? E qual cena mais te emociona?
Eu entrei num hiperfoco, e por um bom tempo só consumia Ann Margret na minha casa. Assisti aos inúmeros documentários sobre sua vida pessoal, todos os filmes que ela fez, além de toda sua discografia, buscando ser o mais fiel possível à sua personalidade e todas as camadas que essa personagem poderia me presentear. Acho super forte o momento em que ela não se submete a se manter como amante do Elvis, e abdica do seu amor em nome da sua dignidade e bem estar, e sem confronto ou disputa, apenas se retira do lugar onde sente não caber.