O cantor e compositor RIAN SEMY, que estampa a nossa nova capa digital, apresentou recentemente o seu novo EP “Perigo”, já disponível em todas as plataformas digitais. Com canções autorais que falam sobre paixão, entrega e vulnerabilidade, o trabalho chega pela distribuidora Symphonic e reafirma a identidade do artista ao trazer mais um projeto marcado pela sonoridade R&B. Em entrevista exclusiva, ele revela detalhes sobre o novo trabalho.
Composto por quatro faixas, o EP é uma reflexão sobre como o amor pode ser encantador e ao mesmo tempo perigoso, uma vivência intensa que inevitavelmente deixa marcas.
Sobre a criação do EP, RIAN descreve o processo como leve e espontâneo. As sessões de estúdio aconteceram em um clima descontraído, permitindo que ele experimentasse e se divertisse durante a construção das faixas. A ideia de transformar as faixas em um EP surgiu após a gravação da música “Perigo”, última faixa do projeto.
No projeto ele explora uma sonoridade mais noturna em relação a “Solar”, projeto anterior. Em cada faixa RIAN flerta com gêneros musicais das pistas, como o house em “Pura Malicia”, o pop rock em “Jogo do Amor”, o dark pop e R&B em “Perigo” e o jersey club em “Se Você Não Vem”. Segundo o artista, é um projeto voltado para dançar em todas as fases do amor.
Confira a entrevista completa agora:
“Perigo” transita por vários gêneros, house, pop rock, jersey club. Como foi essa escolha de explorar estilos tão diferentes em um mesmo EP?
Acho muito importante experimentar. A gente perdeu um pouco disso, né? Somos tão convencionados a fazer as coisas dentro dos padrões. Acho que nesse início de carreira toda a experimentação é bem vinda. Logo após o meu EP Solar, que tinha uma sonoridade mais orgânica, eu senti que precisava fazer cosias mais ousadas. Com os beats, com os vocais, com a instrumentação. Então eu decidi ir pra um lado mais oposto: no Solar usamos muito instrumentos de corda, aqui a gente usa muito synth. No Solar, falo muito de me permitir me divertir, aqui eu quis falar de amor e os riscos de me apaixonar. Então a sonoridade foi nascendo junto com o projeto. A primeira música, Pura Malícia, foi concebida como um House. Logo depois veio Se Você Não Vem, que é um Jersey. Depois veio Jogo do Amor misturando R&B e pop rock. E, então, por último, criamos Perigo, que era um dark pop. Todas tem em comum a raiz do R&B, mas bebendo de diversas fontes.
Você mencionou uma referência ao álbum “Thriller”, do Michael Jackson. Quais outros artistas te influenciaram nessa nova fase?
Pra mim, sempre, Beyoncé é a número um. Fui criado pelas músicas dela. Então o “Renaissance”, álbum dela de 2022, me trouxe muita influência. Além dela e do Michael, ando ouvindo muito Flora Matos. Sou apaixonado pela forma como ela escreve suas músicas, então claramente foi uma inspiração. Além dela, Duquesa e Karol Conka também são minas do rap que eu ouço constantemente. É claro, acho que todo esse conceito mais trevoso vem muito do The Weeknd, que sempre entrega visuais incríveis.
Em comparação com o EP “Solar”, “Perigo” tem uma pegada mais noturna. Como essa mudança reflete o seu momento atual?
Atualmente estou numa fase mais tranquila. O Solar é uma resposta a uma fase de luto. Eu precisava daquelas músicas, eu precisava gritar pro mundo que eu queria ficar bem, recomeçar. Aqui eu me permiti ser mais ousado. O Perigo é um projeto de ousadias na voz, nos arranjos, nas letras, nos vídeos. Falo de amor, falo de me apaixonar, falo de sexo. É um grande experimento da minha liberdade artística. Fico feliz de fazer parte disso, sabe? Eu posso ser Solar, mas também posso ser Perigo. E a vida é meio assim, meio dia, meio noite.

Como foi a experiência de trabalhar com gêneros das pistas e ao mesmo tempo manter sua essência R&B?
O R&B é parte essencial de mim. Cresci ouvindo os grandes ícones como Beyoncé, Mariah Carey, Whitney Houston, etc. Mas, assim como as grandes divas, eu também gosto de experimentar músicas dançantes, haha. Então trabalhar com o House foi libertador, mas mantive a essência do R&B em toda a estrutura da música. Assim como o Jersey, que tem um beat explosivo mas ao mesmo tempo uma letra que fala sobre reciprocidade. Então, acho que Deus mora nos detalhes e, aqui, acho que o R&B é quase como um Deus da música, vivendo nos detalhes de toda a concepção do EP Perigo.
Teve alguma faixa que te surpreendeu no estúdio e acabou tomando um caminho sonoro diferente do planejado?
Todas elas foram pra um caminho que me deixou surpreso, mas, acho, que a Jogo do Amor foi pra um lugar que eu de fato não esperava. É uma música pop, com uma base de Rock, mas com uma letra R&B! Haha, totalmente doida. Mas eu amo essa música e ela consegue expressar bem como eu sinto o amor.
Qual das músicas você acha que representa melhor a sua identidade artística hoje?
Pergunta capciosa! Haha, é como escolher um filho. Mas acho que Perigo é uma faixa que conversa bem com o meu mood atual. Gosto de me divertir, de arriscar e essa música tem tudo a ver.