Conexão Magazine

CAPA DIGITAL | SOFIA GAYOSO | ED. 4 

Redação CM

Redação CM

12 de outubro de 2023

CAPA DIGITAL - Vitor-2

Sofia Gayoso estampa a 4ª edição da CAPA DIGITAL da Conexão Magazine e fala sobre novos trabalhos e futuros passos

A cantora e compositora paraibana, Sofia Gayoso, estampa a nova edição da nossa capa digital! A artista comemorou mais um lançamento que chega em uma união de estilos e culturas. “Só Minha” já está disponível em todos os aplicativos de música. A nova canção trouxe a música latino-americana para dentro do MPB,  com elementos nordestinos no beat.

Composta pela própria artista e produzida por André Vitor Leite, também paraibano, produtor musical que já trabalhou com nomes como Lucy Alves, a canção foi escrita após um término de um relacionamento tóxico e não-saudável. 

Produzido por Isabella Bauptista, o visualizer busca mostrar, na sua estética com cores quentes, o ritmo e as batidas latinas da música, que remetem também ao brega nordestino. Além disso, a ideia é trazer uma estética retrô, fazendo alusão às décadas de 1940 e 1950 em que as mulheres tinham ainda menos direitos, com pinceladas de Pin-Up como um símbolo sexual passivo. Tudo isto para representar a letra de empoderamento feminino. 

Em uma entrevista exclusiva, Sofia contou todos os detalhes sobre esse novo som! Confira agora”

“Só Minha” representa uma fusão de estilos musicais, incluindo a música latino-americana, o MPB e elementos nordestinos. Como você abordou essa combinação de influências e quais desafios enfrentou durante o processo criativo?

A ideia da música era trazer minhas referências e raízes musicais para uma sonoridade pop, que alcançasse um público maior, sem perder a identidade do meu contexto musical. Literalmente, trazer algo de inovador e autêntico ao pop. Eu já compus a música no violão com a marcação e a métrica de ritmos como brega, “Arroxa” e batidão, porém é na produção construída com André Victor Leite que todas as nuances dos ritmos e as referências surgem. Por exemplo a mistura do violão de nylon com os sintetizadores. André conseguiu encontrar e construir na produção exatamente o que eu estava querendo passar, essa sonoridade diferente com muito cuidado e qualidade. E conseguimos criar algo que ficasse gostoso de cantar, dançar e ouvir, sem deixar um som confuso.

A música foi composta como um grito de liberdade após um relacionamento tóxico. Como a experiência pessoal influenciou a criação da música e qual a mensagem que você deseja transmitir aos ouvintes?

Acredito que tudo vira arte. Como uma pessoa autenticamente viciada em viver, não tenho medo de me jogar em experiências e viver o máximo delas, mesmo que aquilo possa acabar  me magoando. Essa música é fruto de uma experiência que vivi, em que passei por um relacionamento não saudável, no qual havia controle e manipulação e, muitas vezes, dependência emocional. Foi difícil quebrar esse ciclo, mas, quando consegui, ressignifiquei minha dor em arte. A música saiu muito rápido e foi como botar terapeuticamente pra fora tudo que eu sentia e queria falar pra ele. 

Essa música tem o propósito de ser um hino de liberdade, para pessoas que estão passando por situações semelhantes, um estímulo a não se calarem, a saberem que podem sair disso e de que sairão mais fortes. Quero que tenha a função de empoderar outras pessoas, principalmente, mulheres, pois tenho isso como causa de vida. Tudo que tem propósito tem muita força. 

O visualizer possui uma estética única que combina cores quentes, ritmos latinos e elementos retrô. Pode compartilhar mais sobre a escolha dessa estética?

A escolha dessa estética retrô faz alusão às décadas de 1940 e 1950 em que as mulheres tinham ainda menos direitos, com pinceladas da estética Pin-Up como um símbolo sexual passivo. Representa a situação em que me encontrava no relacionamento tóxico e simboliza esse lugar em que tantas mulheres se encontram. O foco da música é, de fato, para mulheres, pois acredito que são as que mais sofrem com esse tipo de situação, inclusive devido à sociedade em que estamos inseridas. 

“Só Minha” é o terceiro single de um EP programado para este ano. Como cada uma das músicas anteriores se conecta ou se diferencia das outras, e o que os fãs podem esperar do EP como um todo?

Este é o meu primeiro EP e apresenta ao meu público  uma nova era musical minha, a que chamo de “POP Regional”, com uma pegada mais adulta e dançante, misturando diferentes ritmos e influências,nordestinas e latino-americanas, incluindo elementos do forró e do brega pop. 

A ideia é trazer inovação e autenticidade ao cenário musical, com um som gostoso de ouvir e dançar, de forma original, e celebrar minhas raízes, o nordeste, a brasilidade, a América Latina.  As músicas falam sobre sentimentos e trazem toques de sensualidade e brincadeira, produzidas de uma forma não convencional, para fazer um paralelo com a essência delas.

Este é um EP com uma sonoridade diferente do que normalmente se escuta no Pop e o público pode esperar letras autênticas e um som original, gostoso de dançar, leve e que gruda na cabeça! 

A música “Diferente” foi escolhida para a nova campanha da C&A, celebrando o empreendedorismo feminino e a cultura nordestina. Como foi a experiência de ver sua música associada a essa iniciativa e o que isso significa para você?

Foi incrível! Uma honra pra mim! Ser tema de uma collab que reuniu dez marcas dos nove estados do Nordeste, todas lideradas por mulheres e que celebra o empreendedorismo feminino, moda e o pertencimento, foi um grande marco na minha carreira. Essa campanha é o resumo dos meus valores enquanto artista, que preza pelo feminino, pelas minhas raízes,  empreender e pela união entre mulheres. 

Ainda mais especial pois tive amigas que estavam representando a marca da Paraíba, as maravilhosas da @shopcarnavalia,  Olivia fleury e Duda Carvalho , que brilharam nessa coleção! Foi muito orgulho de uma vez só e  muita gratidão!!! É a música paraibana se espalhando por aí!

Além da música, você também está envolvida em colaborações com marcas e projetos culturais. Como você equilibra sua carreira musical com outras atividades criativas e sociais?

Sim! Eu sempre estou envolvida em mil coisas, ao mesmo tempo. Costumo dizer que sou mil em uma, pois acredito que não precisamos nos limitar a caixas de profissões. Uma coisa complementa a outra, então busco me aprimorar em tudo relacionado a arte, como atuar,criação de conteúdo, modelar e cantar, compor, gerenciar a carreira. Tenho o projeto Music for You, que é um ateliê de músicas personalizadas, em que componho músicas contando histórias das pessoas e para eternizar momentos, bem como músicas para empresas. E também participo de um projeto voluntário, chamado Re.tomar, que acolhe mulheres em situação de violência doméstica e busca combater a desigualdade de gênero com ações afirmativas. Me desdobro mas eu amo! 

Pode nos contar mais sobre seus planos futuros e o que seus fãs podem esperar de você nos próximos meses? Há algum projeto especial que você gostaria de compartilhar?

Nos próximos meses o lançamento de músicas, inclusive pós EP, vai continuar intenso! Vamos ter feats e mais collabs em música eletrônica também! Fora isso, ainda em outubro, lançamos o projeto “Só Minha – Live” , uma versão acústica da música, cantada ao vivo por mulheres, cada cantora representando seu estilo, para em colaboração com o projeto Re.tomar, ajudarmos a conscientizar outras mulheres a saírem de relacionamentos abusivos e terem força. A dar um basta nessas relações não saudáveis. 

Está gostando do conteúdo? Compartilhe!

ÚLTIMAS NOTÍCIAS