Com uma abordagem que une ciência energética, sabedoria ancestral e projetos sociais, a educadora emocional propõe uma nova forma de evoluir: de dentro para fora e com impacto no mundo
Max Tovar não é só mais uma guia espiritual da nova era. Também não é apenas uma mentora de autoconhecimento. Ela é um raro ponto de convergência entre saberes ancestrais, ciência energética e ação social.
Seu trabalho, que já tocou desde líderes urbanos até jovens de comunidades periféricas, é guiado por cinco pilares que, segundo ela, sustentam uma verdadeira revolução interna e, consequentemente, coletiva.

“Ser uma buscadora inquieta foi o que me tirou de um lar tóxico aos 17 anos e me fez encarar o desconhecido. A dor do que era conhecido era tão grande que qualquer novo caminho já parecia liberdade”, conta Max, com a firmeza de quem não romantiza sua jornada, mas a reconhece como semente de um propósito maior.
Os cinco pilares de uma vida com propósito
Sua trajetória é atravessada por cinco pilares que se tornaram tanto bússola pessoal quanto método compartilhável. Tudo começa com a busca, por sentido, por verdade, por transformação. “Depois vem o espírito da aprendizagem libertadora. Eu só aceito aprender aquilo que me ajuda a crescer. Se for para me limitar, não serve”, afirma.
A terceira etapa é a prática, onde o conhecimento vira ação e, segundo Max, começa a moldar uma nova autonomia de vida. “Aplicar na prática é o que me libertou de padrões e me permitiu expandir”, diz. Foi assim que nasceu seu lado educadora, o quarto pilar, a partir do qual ela desenvolveu métodos e projetos, como o Parque Escola Ecotrix, que une desenvolvimento pessoal, sustentabilidade e consciência coletiva.
O quinto pilar fecha o ciclo: o ativismo
“Depois que a gente aprende e aplica, vem o transbordamento. Você entende que não está separado do mundo. É preciso criar círculos de influência positiva.”
A alquimia entre o sagrado e o científico
O que torna a abordagem de Max única é sua forma de integrar espiritualidade e ciência, sem hierarquia, sem muros.
“Os saberes ancestrais são tecnologias naturais. E quando estudamos ciência energética, vemos que a ciência está, aos poucos, confirmando o que o sagrado já dizia há séculos”, explica.

Para ela, o segredo está na reconexão com a natureza e com os ritmos internos. “Nos afastamos tanto da natureza que esquecemos quem somos. As práticas que ensino devolvem esse alinhamento, e isso é profundamente transformador.”
Max acredita que as pessoas não precisam escolher entre fé e razão, corpo e espírito, empírico e intuitivo. “Somos tudo isso. A integração é o que faz a verdadeira evolução acontecer.”
Quando o autoconhecimento vira ferramenta coletiva
Muitos ainda pensam no autoconhecimento como algo introspectivo, quase egoísta. Max propõe o oposto: o autoconhecimento como base de impacto social. “Claro que o autoconhecimento começa no ‘auto’. Mas, se ele é real, ele transborda. A transformação pessoal precisa gerar mudança no entorno.”
Foi assim que nasceu o projeto Parque Escola Ecotrix, uma iniciativa socioeducacional aplicada em duas cidades ao longo de seis anos. Lá, Max e sua equipe reuniram temas como bioconstrução, desenvolvimento pessoal e inteligência emocional, articulando comunidades, escolas e redes de jovens voluntários.

“O resultado foi uma rede viva de transformação. Criamos vizinhanças mais colaborativas, alunos mais conscientes e adultos mais conectados com seus talentos. Nem sempre a gente vê o impacto imediato, mas sabemos que as sementes foram plantadas.”
Um convite à evolução humana
Ao final da conversa, Max deixa um convite: “Não dá mais para evoluir sozinho. Não é só sobre ‘se melhorar’. É sobre melhorar o mundo junto. A espiritualidade do futuro é prática, é aplicada, é social.”
Em um tempo em que muitas respostas parecem incertas, talvez a verdadeira pergunta seja: e se a transformação que procuramos no mundo estiver, justamente, na forma como nos transformamos por dentro?