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Entrevista: Influencer de moda Veridiana Yamazoe conta detalhes sobre o meio e de onde vem suas inspirações

Luma Garcia

Luma Garcia

21 de janeiro de 2024

Veridiana Yamazoe.

Veridiana Yamazoe é uma criadora de conteúdo de moda/lifestyle que já acumula quase 130 mil seguidores em seu Instagram (veriyamazoe_), e cerca de 380 mil no TikTok (@vyamazoe), aplicativo onde suas curtidas já estão em 9.3 milhões. A influenciadora já teve diversos vídeos viralizados nas plataformas, e vem conquistando cada vez mais um público fiel. Confira abaixo detalhes sobre como é para a Veri trabalhar com o nicho, sobre seu início na internet, e de onde vem suas ideias para produzir seus conteúdos.

Conexão Magazine: Vamos começar com você contado sobre seu início, e quando foi o momento em que você definiu que o seu nicho seria sobre moda e lifestyle?

Veri Yamazoe: “Então, começar na internet mesmo, foi assim… em 2020, na pandemia. Eu nunca tive vontade, e eu só comecei no TikTok porque a minha cunhadinha, pedia para eu gravar com ela hahahah ela vinha me mostrar vídeos, e falava “Oh, vou mexer a cabeça assim, mexe igual hahaha”. Só que sem pretensão nenhuma, mas comecei na pandemia. Como todo mundo, eu também tive esse momento de começar a postar algo, já que ninguém estava vendo a cara de ninguém. E aí, eu postei um vídeo de pasta de dente, pasta de dente de casal. E tipo, naquela época 90 mil likes era “Ohhhhhh”. E aí, ele alcançou muita gente, e era tudo muito legal, mas não era algo que eu achei que manteria, apesar disso comecei a postar vídeos de roupas, e vi uma oportunidade de fazer parceria com a Shein, mas eu levava tudo muito na esportiva, “Ah, tô postando um vídeo legal, se rolar, rolou”. Até porque nessa época, eu estava fazendo técnico de administração, tipo, outro universo. Mas aí fui indo, fazendo vídeos da Shein, viralizando alguns, e ainda não tinha chego no vídeo da saia cargo (Vídeo que atingiu mais de 2,5 milhões de visualizações), viralizei um outro vídeo antes. Só que do nada, o meu público virou completamente masculino, e todo vídeo que eu postava ia direto para essa galera, e não era algo que eu queria que acontecesse, estava me fazendo mal, e pensei em parar. Ainda mais eu que nunca tive a pretensão de ser influenciadora, então minha vida seguiria normal. Aí, criei outra conta no Instagram, só que aí o tiktok começou a fazer uma entrega muito legal para mulheres, e essa conta nova no insta era para ser pessoal mesmo e fugir desse público que em algum momento me achou. Nesse novo perfil só meus amigos me seguiam, mas pensei “Ah, já que o Tiktok começou a entregar para o público feminino, vai que aqui também começa, e postei”, o vídeo viralizou. Ele bateu alguns milhões de visualizações, e aí vi uma oportunidade, notei que em pouco tempo as pessoas se conectavam comigo, começavam a pedir dicas, dar ideias de vídeos e foi aí que comecei”.

Conexão Magazine: E a partir de que acontecimento, você notou que o que talvez começou com uma brincadeira, estava ficando sério e agora seria seu trabalho?

Veri Yamazoe: “Então, para você ver como foi rápido. Em dezembro de 2022 aconteceu isso do meu público crescer muito, em fevereiro de 2023 eu já tinha notado que aquilo era meu trabalho, e em maio eu já estava com a sara, minha assessora, para me ajudar com tudo isso.”

Conexão Magazine: Como você nos contou, você passou por um momento horrível onde seus vídeos estavam sendo entregues só para homens, que deixavam comentários absurdos em todas as suas publicações. Como é para você lidar com o esse lado da internet, o de pessoas ruins, e da comparação que o trabalho faz com que você crie?

Veri Yamazoe: “Eu entrei para terapia. Eu precisei entrar para continuar trabalhando, porque quando era só uma diversão, você não olha por esse lado. Você não tem pretensão, você posta e pensa o que der, deu. E quando virou essa chave na minha cabeça, eu vi que não era algo que eu conseguiria encarar sozinha. Porque tipo, eu nunca tive uma coisa ruim acontecendo depois que começou a dar certo, sabe? Nunca tive uma onda de flop grande, nunca fui cancelada, é mais uma questão pessoal e sinto que muitas influenciadoras também passam. É muito pessoal o que sentimos com o nosso trabalho. Porque por exemplo, quando você está crescendo no Instagram, tudo muda muito rápido, o alcance é enorme e depois vai diminuindo, justamente porque ele quer te ver ralar na plataforma, e eu não entendia, pra mim até hoje é um pouco difícil entender isso. Eu tenho muitos seguidores, mas o meu alcance é totalmente desproporcional a isso. Então, o que acaba comigo, sou eu sempre querer me reinventar, e as vezes chego no meu limite.”

Conexão Magazine: Você tem alguma parceria dos sonhos? Alguma marca que você já consuma os produtos, e ficaria muito feliz de poder trabalhar junto?

Veri Yamazoe: “Influenciadora sonha grande. Mas acho que assim, vou amar fazer parceria com essas marcas que te levam para viagens muito legais, porque elas te veem com uma influenciadora potente. A Sephora, as marcas de beleza no geral, eu amaria. Por exemplo, tem muitas influenciadoras que sigo que tem uma conexão enorme com a Too Faced, e isso para mim, é algo que fico deslumbrada. Então, marcas tipo Schutz e Arezzo. Você ser vista por essas marcas, eu acho que você já está sendo notada como alguém com um posicionamento muito bom dentro do mercado, então quando eu chegar lá, vai ser “Nossaaaaa!”.

Conexão Magazine: Como surgem as inspirações para os seus vídeos? Você acompanha alguma influencer que os conteúdos te inspiram? Como funciona o processo criativo para você?

Veri Yamazoe: “A Camila Barbosa do Tiktok, é uma das minhas maiores inspirações, e a Nanaths, que está desde o YouTube. São duas pessoas que me inspiro muito nos conteúdos e na forma com que elas criam laços com os seguidores, porque acho isso uma das coisas mais importantes para mim. Tem muita influenciadora de moda que me inspiro no conteúdo, mas essa relação com o trabalho, são elas.”

Conexão Magazine: Como você tem propriedade no assunto hahaha conta para gente marcas que você indicaria para todo mundo.

Veri Yamazoe: “De moda seria, Naah store, LAS Clothing, Cotton On e Youcom. De acessórios, Nácar Pratas. E skincare, a Bioré.”

Conexão Magazine: Para finalizarmos, se você pudesse dar um conselho para quem quer começar a postar com o intuito de trabalhar com a internet, qual seria?

Veri Yamazoe: “Que números são menos importantes, que comunidade hoje em dia. Para quem quiser começar, conexão com seu público é essencial. Eu sempre digo, blogueiras com 30 mil seguidores valem ouro para as marcas, porque conexão com o público basta. Você não precisa ficar procurando viralizar, você precisa cativar e manter quem já está ali pelo o que você é, porque é isso que fará com eles permaneçam. É isso que vejo na Nanaths, ela mudou o nicho, mas o público seguiu acompanhando pela conexão que criou com eles.”

Veridiana Yamazoe. (Fotos: Reproduções/Arquivo Pessoal)

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