THAMI juntou mais de 3 milhões de plays em suas plataformas digitais, participou de projetos como “Proteja Seus Sonhos 2”, da Som Livre, fez parte do coral da IZA no prêmio Multishow e também foi backing vocal da Tuany Zanini no show do Rock in Rio 2019. E sabendo que poderia ir além, mudou da sua cidade natal, Rio de Janeiro, para São Paulo em busca do sonho de viver da música.
A decisão difícil, mas certeira, trouxe novas influências, sons e contatos que não só reacenderam a chama pela arte, como a produção do seu primeiro disco. “Deixa Queimar” vem como um empurrão e é o primeiro single deste trabalho e com clipe dirigido por Rodrigo Pysi.
“Deixa Queimar” marca o início de uma fase madura, ousada e apaixonante da carreira da cantora e compositora. A música representa a coragem de não se importar com o formato estabelecido pela sociedade. É fazer o que tem vontade, é ser livre, é viver tudo que tiver que viver no aqui e agora, sem medo de se entregar para o que vier.
Para conhecer um pouco mais sobre a artista, a trajetória e próximos passos, confira uma entrevista completa e exclusiva:
Em qual momento percebeu que deveria mudar de estado para ir atrás dos seus sonhos?
Isso já era uma coisa que pensava em fazer. Acho que na minha construção como pessoa, precisava dessa ruptura, sair da minha zona de conforto e caminhar com minhas próprias pernas, sem depender emocionalmente de ninguém. Sempre fui muito apegada a minha rede e isso foi um problema no sentido de que me privou de fazer as coisas por medo de perder as pessoas. Nesse ano, quando participei da SIM SÃO PAULO e ganhei o pitching de novos artistas, vi aquele momento como um sinal de que aquela era a hora que eu precisava fazer algo por mim e pela minha carreira. Foi aí que decidi me mudar.
Como uma artista iniciante você já teve oportunidade de participar de projetos interessantes como o Som Livre, coral da Iza e backing vocal no Rock in Rio. Qual a sensação de ter recebido esses convites e como enxerga a importância desses momentos para a sua carreira?
Foram experiências incríveis que me fizeram crescer como artista e entender um pouco melhor como funciona o mercado musical. Me senti muito honrada pelos convites e dei meu melhor em todos eles. Através desses convites conheci pessoas incríveis e que impulsionaram minha carreira de forma absurda. Cada convite que recebo, vejo como uma oportunidade de dar mais um passo para o meu real objetivo, que é viver dignamente de música.
Você se sentiu mais madura na construção desse novo projeto, como isso foi refletido na sua música?
Sem dúvida. Já não me reconheço como a Thami do início do ano. Cresci uns 200% quando decidi vir pra São Paulo sozinha, sabia dos riscos mas também sabia que se eu conseguisse me conhecer e entender meu propósito, tudo faria sentido. E foi isso que aconteceu, fiquei mais disciplinada, estudo mais, busco mais, observo mais. Meu álbum tem muita identidade, muita vivência pessoal que foi transformada em canção.

“Deixa Queimar” é o primeiro single do disco, ele também foi o primeiro a ser desenvolvido? Conta pra gente como foi o processo de criação?
Não, não foi a primeira faixa a ser escrita. Quando comecei a pensar no álbum, estava me recuperando de uma cirurgia e era um momento difícil, estava triste, fraca fisicamente e emocionalmente. Comecei a escrever sobre como a vida se assemelha a um labirinto e como são essas etapas na jornada. E “Deixa Queimar” veio no meio desse processo. Não tem como você largar sua zona de conforto, seguir seu caminho sem decidir ser livre primeiro. A liberdade não é poder fazer tudo mas estar aberto a qualquer situação que apareça pelo caminho. Quando você se dá essa abertura, as outras coisas passam a fazer sentido de dentro pra fora e de fora pra dentro.
Você é uma recém chegada em São Paulo, mas conseguiu unir um time legal para a gravação do clipe e som. Como foi esse encontro?
Foi uma loucura. Não conhecia absolutamente ninguém com quem trabalhei. Vim pra cá com uma indicação de um amigo. Ele me pediu para procurar o Bernardo Massot, que é o produtor dessa faixa. Falei com ele por instagram, trocamos telefone e começamos um papo do zero. As coisas foram tomando liga, ele foi me apresentando outros músicos, produtores, e fomos chegando nesse time lindo e talentoso que formamos pra esse trabalho. Foi a experiência mais arriscada e mais fantástica que já vivenciei na música.Tem que ter coragem pra fazer um trabalho desses sem conhecer o time, e que bom que tivemos sinergia. Foi incrível!
O que podemos esperar de THAMI para os próximos meses?
Eu venho com o pé na porta. Sem medo, sabe? Uma das coisas que aprendi vindo pra São Paulo é valorizar o tamanho do meu talento, dedicação e coragem. Não tenho medo de tentar, quantas vezes for preciso, eu sempre vou tentar. E isso se reflete no meu álbum é um emaranhado de caminhos, de tentativas corajosas. Por isso escolhi LABIRINTO como o nome do álbum porque é exatamente assim que tenho trilhado minha carreira.